E o maringaense Ricardo Barros (PP), secretário do governador Ratinho Junior (PSD), não sabe mais o que fazer para se aproximar do presidente Lula. Foram, até agora, vários elogios ao governo federal e até pedido de voto para o o senador eleito Flávio Dino (PSB) virar ministro do Supremo Tribunal Federal.

Hoje, no X (ex-Twitter), Barros voltou a elogiar o presidente da República, por causa do anúncio do novo plano para a indústria brasileira – que foi criticada, também hoje, por bolsonaristas, que não viram nada “de novo” nas medidas anunciadas.

Ricardo Barros, que tornou-se bolsonarista para ser líder do governo e se reeleger deputado federal, cargo do qual se licenciou, busca há tempos se reaproximar da cúpula petista. Até o líder da bancada federal do Partido dos Trabalhadores, Zeca Dirceu, foi à comemoração de seu aniversário no final do ano passado. A estratégia é fazer a turma esquecer que foi ministro da Saúde, que teve seu nome entre os 80 indiciados pela CPI da Pandemia e que defendeu Bolsonaro o quanto pôde como seu líder na Câmara Federal.

O elogio mais recente veio no dia em que o governo federal anunciou o veto de R$ 5,6 bilhões a emendas parlamentares, individuais e de bancadas, feitas ao orçamento, o primeiro do presidente petista. O ex-prefeito de Maringá que deixou o mandato pela janela do paço municipal tem interesse na manutenção de emendas da bancada paranaense.