Uma ‘pegadinha’ na rodovia

Placa determina 40 km/h na PR-317, próximo ao viaduto que dá acesso à PR-323; havendo fiscalização, motoristas podem perder a carteira se passarem de 60 km/h

Quem segue pela PR-317, logo após o Restaurante Pavan, no sentido Aeroporto Regional Silvio Name Junior, depara-se com uma placa de 40 km/h no canteiro central da rodovia. Há outra, no desvio à direita que dá acesso à PR-323, que leva a Paiçandu.

Como metros antes desta há uma placa com o aviso de 60 km/h, tudo leva a crer que se trata de uma “pegadinha”, como a do radar móvel com o automóvel do DER próximo à Passarela da Moda.

A pergunta é: quando o DER vai estar lá multando quem passa acima de 40 km/h em uma rodovia de pista dupla? Quem passar acima de 60 perde a certeira? O assunto foi um dos temas do RCC News, na Jovem Pan, nesta segunda-feira, e novamente muitas pessoas se manifestaram sobre a chamada indústria da multa em rodovias estaduais.

O fato de a velocidade não ser verificada, seja com radar móvel ou fixo, reforça mais ainda o questionamento dos parâmetros usados para definir a velocidade da via. Ou ainda nos inúmeros casos aonde uma pintura de faixa é pontilhada e permite passagem, e depois vira contínua. Ou pior, quando é contínua e naquele mesmo trecho/local vira pontilhada. As pessoas que um dia passaram naquela faixa contínua e foram multadas, foram multadas injustamente, já que o mesmo trecho agora é pontilhado?

A entrada à direita para Paiçandu não é justificativa, já que existe uma longa faixa de desaceleração, então que quer fazer a conversão entra à direita e não “atrapalha” o fluxo/velocidade da via principal, a PR 317. Sem contar que não tem travessia de pedestre. É o típico caso a ser fiscalizado pelo DER.

A chefia da 13ª Ciretran, citada durante o programa, informou que está levantando a colocação das placas (feita pelo DER) e também, junto com a Polícia Federal, realizando um levantamento de números, que deve incluir o de multas aplicadas.

Foto: Google Street View