‘Chaitano’? Alegria, alegria!

“Alegria, Alegria”, composta por Caetano Veloso, foi o marco inicial do movimento tropicalista

Inspirado, o grande Paulo Caetano ‘declamou’ um trecho da música, do Caetano: Caminhando contra o vento/Sem lenço e sem documento/No sol de quase dezembro/Eu vou. “Alegria, Alegria” é uma música composta por Caetano Veloso, que foi o marco inicial do movimento Tropicalismo em 1967. O compositor, em parte inspirado pelo sucesso de A Banda, de Chico Buarque, que havia concorrido no festival da Record de 1966, quis produzir uma marcha, assim como a canção de Chico. Ao mesmo tempo, queria que fosse uma música contemporânea, pop, lidando com elementos da cultura de massa da época.

A letra possui uma estrutura cinematográfica, conforme definiu Décio Pignatari, trata-se de uma “letra-câmera-na-mão”, citando o mote do Cinema Novo. Caetano ainda incluiu uma pequena citação do livro As Palavras, de Jean Paul Sarte: “nada nos bolsos e nada nas mãos”, que acabou virando “nada no bolso ou nas mãos”. Como a ideia do arranjo incluía guitarras elétricas, Caetano e seu empresário na época, Guilherme Araújo, convidaram o grupo argentino radicado em São Paulo Beat Boys. O arranjo foi fortemente influenciado pelo trabalho dos Beatles. (Fonte: Wikipédia).

Comentários elogiosos ficaram dos veteranos da bancada, os competentes Angelo Rigon e Edivaldo Magro. De Curitiba o nosso amigo e admirado Fernando Tupan completou que Caetano é conhecido na capital por ‘chaitano’, o que me levou a pensar que a palavra vem de chato e chato, chato, e chato mesmo talvez não seja Caetano Veloso. Bem, ‘dexa queto’, como diria o saudoso Pinga Fogo.  Fernando Tupan, é com você. 

Foto: Correio da Manhã/Arquivo Nacional