Maio: de mês das mães e das noivas a mês das tragédias

Hoje é o último dia de maio e me ocorreu que, neste mês, houve muitos acontecimentos, além das comemorações do dia das mães

Desde que me lembro dos tempos da infância e adolescência, o mês de maio era muito esperado e reverenciado, principalmente pelo dia das mães. Havia, também, uma grande procura para casamentos no mês de maio, visto como um mês abençoado.

Hoje é o último dia de maio e me ocorreu que, neste mês, houve muitos acontecimentos, além das comemorações do dia das mães. Acontecimentos trágicos como as enchentes no Rio Grande do Sul (RS), feminicídios, acidentes automobilísticos, desaparecimento de pessoas, mais ataques matando crianças na Faixa de Gaza, dentre outros. Além disso tudo, houve bombardeios de desinformação e mentiras (as famosas fake news) propagadas amplamente pela Internet.

Ao mesmo tempo que as tragédias aconteceram, tivemos como saldo positivo a solidariedade para com a população gaúcha, tanto por parte dos governos como pela população no Brasil todo. Por mais que alguns insistam que houve ausência dos governos, é sabido que os governos se empenharam para auxiliar a população com medidas diretas como criar corredores humanitários, auxiliar financeiramente, colocar a estrutura de logística para recebimento e encaminhamento das doações e abrigar a população. O papel da população, também, merece ser valorizado por sua solidariedade e atendimento rápido para ajudar as pessoas que necessitam de tudo perdido na enchente. Claro, não sejamos ingênuos, pois, no episódio do RS,  houve desvio de doações, saques em supermercados e uso eleitoreiro da tragédia.

Sabemos, também, que problemas que fazem parte das nossas vidas como as mudanças climáticas e as fake news continuarão a existir em nosso cotidiano, em todos os meses do ano. Tanto uma como a outra precisam da colaboração entre os 3 poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) para que sejam controladas pois não se pode mais ignorar os efeitos nocivos destas nem desconhecimento da realidade.

No entanto, como todo ciclo que se encerra, ao terminar o mês, os corações se enchem de esperança para que o novo mês que se aproxima seja repleto de bons acontecimentos, boas e verdadeiras notícias e muita paz e sabedoria.

Que venha junho, o mês das festas juninas, muita pipoca e quentão para aquecer nossos corações.


(*) Tania Taitprofessora, escritora, integrante da ONG Maria do Ingá Direitos da Mulher