As próximas jogadas

Cabos eleitorais de peso podem ajudar a definir as eleições de Maringá

A eleição em Maringá deve trazer à cidade o presidente da República, um senador e um ex-presidente da República inelegível, que poderão se tornar os maiores cabos eleitores de seus pré-candidatos. O segundo turno promete.

Em 2022, Jair Bolsonaro (PL) fez no segundo turno 67,71% dos votos em Maringá, contra 32,29% obtidos por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sergio Moro (União) recebeu 36,82%, na terra em que Alvaro Dias (Podemos) se criou e recebeu 21,05%, ficando em terceiro.

Agora, o PL de Bolsonaro não tem candidato, mas o seu ex-líder e ex-vice-líder de Dilma Roussef e de Lula, Ricardo Barros (PP), que se reelegeu deputado mas se licenciou, vai se empenhar em trazê-lo. A presença de Lula foi a primeira dada como certa, uma vez que o PT terá seu candidato, Humberto Henrique. Considerando que Lula fez 29,43% no primeiro turno em 2022, é possível ter uma ideia dos chamados votos fieis do Partido dos Trabalhadores, cujo governo fez o país ultrapassar o PIB de Canadá e Itália. O candidato do União Brasil (o deputado estadual Do Carmo ou Dr. Batista), com o apoio de Moro, pode abiscoitar uma boa parte da votação que ele recebeu.

Mudanças ainda podem acontecer, inclusive se o PSD decidir lançar ao Executivo o vereador Flávio Mantovani, que há 4 anos foi eleito com 6.434 votos (3,69%). A expectativa pode virar realidade se realmente o PP, usando o tradicional modelo de cooptação política, adquirir o MDB, tirando-se do entorno da situação. As próximas jogadas no tabuleiro político estão sendo estudadas.

PS – A propósito de tabuleiro e licitações: o pequeno príncipe pode ter deixado de ganhar um hospital, mas o rei continua o mesmo.

Foto: Pixabay