Nas compras de vagas em creche, o município lucra, pois o custo de cada vaga é inferior ao que teria se tivesse que construir os prédios, contratar servidores e arcar com a previdência  dos mesmos

Ainda do RCC News de hoje, quero corrigir um erro na postagem anterior, onde sai um mais no lugar de mas, no trecho: por quem gostaria, mas não está usufruindo dos ‘esquemas’ [foi corrigido]. Mas quero opinar sobre o anúncio de construção de 300 creches, e comentários de que todas são necessárias, pois substituiriam a compra de vagas e que alguns são contra a terceirização da direção de escolas estaduais, mas nada falam da compra de vagas em creches.

O excelente âncora Paulo Caetano foi cirúrgico, como diria ele mesmo, ressaltando a questão do limite prudencial nas despesas de pessoal, que impossibilita novas contratações de servidores. Nas compras de vagas em creche, o município lucra, pois o custo de cada vaga é inferior ao que teria se tivesse que construir os prédios, contratar servidores e arcar com a previdência  dos mesmos (viu, Kim?). No caso da terceirização da direção haverá um aumento de um cargo de diretor, pelo menos, pois os atuais permanecerão, logo haverá um aumento de despesas, embora se diga que não. Nas discussões do chamado programa Infância Feliz, a um custo de cerca de R$ 1.300.000,00 cada uma, falou-se que os deputados indicarão e devemos ressaltar que indicação é diferente de emenda (deputado Requião tem razão), deputado estadual não faz emenda, muitas vezes fica com as glórias de indicações.

Mais 300 creches, mas empreiteiras, mas licitações eventualmente direcionadas, mas brechas para ‘comissões’, contribuições para campanhas.  Diria que é um dinheiro mal aplicado. Bom, enfim, como disse uma comentarista, elogiando a primeira dama, é mais uma ação visando interesses não muitos claros ou claros demais. 

Faço minhas as palavras do Rigon, do Edivaldo Magro e do próprio Paulo Caetano. Um programa desnecessário, pouco inteligente, no mínimo.