O União Brasil de Do Carmo faz parte da base do governo federal; é preciso respeitar Humberto Henrique

Assistindo a entrevista, embora ele tenha reiterado que respeita a todos, deu o que eu considero uma ‘escorregada política’ ao responder uma pergunta do Rigon, com referência a uma fala do seu colega de Alep Arilson Chiorato, sobre determinada empresa vencer a licitação da terceirização da administração da escolas. 

Do Carmo poderia, como fez quando o assunto foi a intervenção do Ricardo Barros no União Brasil e sua estada em Brasília, em pleno horário que deveria estar ‘secretariano’ no Paraná, ter respondido, saindo pela tangente, mas preferiu citar a compra de arroz, de certo modo acusando o PT, para defender o governo estadual. 

Penso que um candidato na situação de Do Carmo, que precisa e julga que terá como adversário num eventual segundo turno Scabora ou Silvio II, como disse um de seus fiéis escudeiros, o Tupan, não deveria se indispor, gratuitamente, com o PT, numa hora dessas, sem ganhar nada com isso. Mas posso estar enganado e o pré-candidato fez deliberadamente, para agradar o bolsonarismo.

Concluo que a candidatura de Do Carmo é muito importante e talvez ajude o PT a ir para o segundo turno, e não necessariamente com ele, com Humberto Henrique surpreendendo, como José Cláudio fez em 2000. Humberto Henrique é um grande nome. O PT está no poder federal, o União Brasil ‘faz parte’ da base, inclusive com o ministro que tem dado alguns problemas, logo é de se concluir que é preciso respeitar Humberto.