PPP bilionária não estava em planos de governo

Planos de governo apresentados em 2016 e 2020 pelo prefeito Tauillo Tezelli, de Campo Mourão, não incluíram parceria público-privada na área do lixo, que custará R$ 1 bilhão em 30 anos

A parceria público-privada do lixo em Campo Mourão nunca esteve nos dois últimos programas de governo do prefeito Tauillo Tezelli (Cidadania). A PPP alcança R$ 1 bilhão para a prestação de serviços de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos durante 30 anos de concessão, e sua discussão em audiência pública não contou com a presença de nenhum vereador.

As duas propostas de governo protocolizadas pelo atual prefeito junto à Justiça Eleitoral, em 2016 e 2020, não fazem referência à realização de uma PPP do lixo, tema que no ano passado foi colocado em pauta. Em 2016 foi incluída intenção de parceria público-privada para o programa Jovens; em 2020, o plano de governo previa PPP na área de inclusão e oportunidade (área social); em ambos os planos, não há referência em parceria na área de gestão de resíduos sólidos.

Em Maringá – Em 2014, durante a gestão de Carlos Roberto Pupin (PP), a mobilização da sociedade maringaense conseguiu a revogação de uma lei que autorizou a PPP do lixo na cidade. Onze entidades manifestaram sua preocupação com o projeto oneroso da parceria, também para 30 anos, que estava sendo encaminhado de forma açodada e sem detalhes para a comunidade.

O projeto foi proposto em julho de 2014, a aprovação deu-se em agosto, a sociedade se manifestou em dezembro e em março de 2015 a lei nº 9836/2014 acabou sendo revogada, por iniciativa de oito vereadores, entre eles Humberto Henrique, Mario Verri, Manoel Sobrinho e Ulisses Maia.