Levantamento é baseado em dados do cadastro único e admite-se subnotificação; em maio de 2023 o número total era estimado em 9 mil pessoas vindas de outros países

Maringá recebeu em cerca um ano ao menos 14 mil imigrantes, população que passou de 9 mil para 23 mil pessoas. O número representa 15 vezes a população de Miraselva, apontada pela Gazeta do Povo como a melhor cidade do Paraná para morar, mas mesmo assim pode existir subnotificação.

O salto é creditado em boa parte pela intensa divulgação que a Prefeitura de Maringá tem feito para divulgar que é a melhor cidade com mais de 100 mil habitantes para se viver no Brasil. Imigrantes pesquisam localidades que apresentem mais oportunidades e melhores condições de vida.

De acordo com o cadastro único da Secretaria Municipal de Juventude, Cidadania e Migrantes, são 23.300 imigrantes vivendo na cidade, que de acordo com o último censo do IBGE possui pouco mais de 409 mil habitantes. A maior parte não identifica o país de origem (19.914 pessoas), enquanto originados de 60 países se identificam. Dos que dizem o país de origem, venezuelanos estão formam o maior grupo, com 1.544 pessoas, seguidos de haitianos (801), japoneses (166), portugueses (134) e paraguaios (101). Há 94 chegados da Espanha, 63 da Colômbia, 54 cubanos, 43 argentinos, 39 vindos do Afeganistão, 36 da Nigéria, 30 do Peru, 22 dos Estados Unidos, 25 do Chile, 20 da Síria, 19 da Bolívia, 19 da Inglaterra, 15 vindos do Sudão, 13 da Ucrânia e 11 da Guiné Bissau.

O levantamento oficial mostra que Maringá recebeu 9 pessoas que residiam em Moçambique, 7 da Itália, 6 da Guiana Francesa, 6 do Líbano, 5 de Bangladesh, 5 do Uruguai, 5 do Reino Unido, 4 da Alemanha, 4 da Arábia Saudita, 4 do Egito, 4 do Equador, 3 da África do Sul, 3 das Filipinas, 3 da França, 3 do Senegal, 3 da Guiné, 2 da Bélgica, 2 do Benin, 2 da República Dominicana, 2 de Gana, 2 do Marrocos, 2 de São Tomé e Príncipe, 2 da Suíça, 2 de Togo, e 1 imigrante da China, República do Congo, Finlândia, Grécia, República da Guiana, Irã, Iugoslávia, Líbia, Montenegro, Nicarágua, Porto Rico, Paquistão, País de Gales, Romênia e Turquia.

Foto ilustrativa: Marcelo Camargo/Agência Brasil