Vítima de violência doméstica pede reabertura do Hospital Psiquiátrico

Mulher diz que filho tentou matá-la; abaixo-assinado pela reabertura do hospital reuniu mais de 36 mil assinaturas

A Gazeta do Povo publicou hoje reportagem de Raquel Derevecki sobre uma cadeirante de 70 anos, uma das mais de 36 mil pessoas que assinaram o abaixo-assinado para a reabertura do Hospital Psiquiátrico de Maringá, fechado pela Secretaria Municipal de Saúde em julho de 2022.

Maria Helena Gonçalves tem sido vítima de violência doméstica. “Meu filho tentou me matar!”, alerta, explicando que o rapaz foi diagnosticado com esquizofrenia e dependência química, e já foi internado 24 vezes no Hospital Psiquiátrico de Maringá. No entanto, a instituição foi fechada pela Vigilância Sanitária da cidade, em 2022, e a mulher relata a dificuldade que tem enfrentado para conseguir ajuda.

“Os surtos dele são graves e não tenho condições de pagar consultas e tratamento particular”, afirma a maringaense aposentada, ao relatar que já ficou dias com o filho amarrado em uma maca aguardando vaga para tratamento.

“E teve uma vez que o medicaram e encaminharam para o Centro de Atenção Psicossocial (Caps), mas ele entrou por uma porta e saiu pela outra porque não fica internado espontaneamente”, revela a idosa. “Estou correndo risco, e até uma vizinha me falou que tem medo do meu filho”, lamenta, informando que centenas de famílias enfrentam a mesma situação.

Maria Helena preparou um abaixo-assinado para solicitar a reabertura do Hospital Psiquiátrico de Maringá, e até quarta-feira conseguiu mais de 36,5 mil assinaturas. “Precisamos desse hospital. Nos ajudem, por favor”, pede a idosa. Leia mais.