Limites cognitivos

Por que não estabelecer limites para os cargos de agentes políticos, em razão de provas de aptidão, ou os debates já são testes esclarecedores dos limites cognitivos dos candidatos?

Se fala já algum tempo da influência que as eleições nos Estados Unidos provocam no Brasil, seja em efeitos diretos ou indiretos.

De fato, os processos políticos que se desenvolvem no país do Norte influenciam, fortemente, todas as políticas regionais do hemisfério sul, aliás tem abrangência global, isso é um ponto que poucos se atreveriam a contestar, pois bem, a questão é o que está “ensinando” o debate Joe Biden e Donald Trump da noite desta quinta-feira 27 de junho.

São dois elementos estruturantes, os quais apresentam projeção no Brasil. Um são as “mentiras” de Trump, que conforme o UOL: “Ele fez repetidamente declarações que não eram respaldadas por fatos, assim como falou mentiras descaradas”, ou seja, a mentira sem respaldo de fatos é uma estratégia que já conhecemos por estas terras, aliás, mentiras e desinformação, além de ameaçar a democracia, é o que muitos esperam ouvir nas próximas campanhas municipais.

E, certamente, o exemplo do Americano Trump poderá continuar a ser imitado, porém, por aqui certos indivíduos chegados nessas estratégias estão inelegíveis.
E qual o outro elemento derivado, de forma direta desse debate? Aqui, é impossível fechar os olhos para o tema dos limites cognitivos associados com a idade.

Nesse sentido o artigo 147 do CTB estabelece três faixas etárias: inferior a 50 anos; de 50 a 69 anos e igual ou superior a 70 anos. Sendo que o exame de aptidão física e mental, a ser realizado no local de residência ou domicílio do examinado, será preliminar e renovável a cada 10 anos, para condutores com idade inferior a 50 anos, a cada 5 anos, para condutores com idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 anos e a cada 3 anos, para condutores com idade igual ou superior a 70 anos.

Assim, seria o caso, também, de estabelecer limites para os cargos de agentes políticos, em razão de provas de aptidão, ou os debates já são testes esclarecedores dos limites cognitivos dos candidatos.

Pode ser que nessa toada, os debates ganhem um papel de destaque na hora de decidir, e que as harmonizações faciais sejam insuficientes para demonstrar a capacidade ou habilidade necessária…