A política paranaense ferve

Bastidores da política estadual visando as eleições envolvem conversas e interesses; negociações entram agora numa nova etapa, a decisiva

A política paranaense vive um momento de forféu, e tem maringaense no meio da complicação que se criou em alguns partidos. Senta que lá vem história, resultado de diversos dados e conversas.

Há alguns dias o secretário de Estado do Trabalho, Qualificação e Renda virou-se para um forte pré-candidato a governador em 2026, que tem inclusive a bênção do atual governador, um dos mais respeitados parlamentares da Assembleia Legislativa, e perguntou por que ele não desiste da pré-candidatura e se acerta com o senador Sergio Moro (União Brasil). “O Ricardo [Barros] já foi conversar com o Moro”, acrescentou.

Ratinho Junior, consta, estava perto, ouviu a conversa e não gostou nadica, já que Moro é tido como pré-candidato a governador em 2026. Nisso entra Ricardo Barros, exigindo a vice de Eduardo Pimentel (PSD), pré-candidato a prefeito de Curitiba, para sua filha Maria Victoria (PP). Ouviu negativa: para a deputada, nada de vice nem crescer além da 2ª secretaria na mesa da Assembleia Legislativa. Veio a réplica: Barros fez publicar que Maria Victoria seria pré-candidata a prefeita, inclusive com o marqueteiro que já trabalhou com Javier Milei, que está empobrecendo a Argentina.

A jogada é muito parecida com aquela usada em 2014 quando chegou a lançar o irmão mais velho, Silvio Barros II, como candidato do PHS, e na última hora o trocou pela mulher, Cida Borghetti (PP), que virou vice de Beto Richa (PSDB). Desta vez, porém, a conversa não colou.

Em paralelo, Ney Leprevost (União Brasil) ex-secretário estadual, tentou ser convencido a deixar de concorrer à Prefeitura de Curitiba, inclusive com a possibilidade de se eleger 1º secretário da Alep. Havia uma aparente chance de ele desistir: se o União não ajudasse em sua campanha, estimada em R$ 11 milhões. Mas, como informou Karlos Kohlbach, do Blog Politicamente, ontem Leprevost obteve a garantia, em Brasília, que terá ao menos R$ 10 milhões para a disputa, e a possibilidade de ter a deputada federal Rosangela Moro na vice.

Abre-se agora um novo período de negociações, e principalmente no União, que mudou a executiva em Londrina, firmando André Trindade como pré-candidato ao Executivo, depois de ter confirmado, no mês passado, o empresário José Elias Castro Gomes como pré-candidato em Foz do Iguaçu; Zé Elias preside o desde dezembro passado.