Idos de 1974. Um bar em Tapejara no oeste do Paraná. Lá no alto da prateleira, um televisor em preto e branco. Nos fins de semana, a gente ia lá ver jogos de futebol. Um dia, o povo abismado não tirava o olho da tela cinza. Um esporte diferente. Ginástica era o nome. Aquelas moças saltavam feito salta-martim arremessados ao chão. Isso não é gente, aonde se viu, dar piruetas no ar e cair em pé? Esconjurava um senhor com o umbigo encostado no balcão.

Dali a alguns anos, uma menina ganhava holofotes. Uma romena chamada Nadia Comaneci, que virou referência mundial da ginástica. Olimpíadas? O Brasil nem sonhava. A primeira ginasta brasileira nos jogos olímpicos foi Luísa Parente. De lá para cá, o país só cresceu nessa modalidade. Diego e Daniele Hypólito, Jade Barbosa, Daiane dos Santos e, enfim, Rebeca. Portanto, o Brasil tem um auspicioso horizonte a conquistar. Parabéns, Rebeca! Que outras surjam por aí. Talentos não faltam…

Foto: CBG