História e memória

Ex-secretário de Cultura destaca tombamentos em sua gestão: 12. Outro ex-secretário da mesma pasta não fez sequer um tombamento relacionado à história de Maringá

Victor Simião, um dos dois ex-secretários de Cultura de Maringá que disputam a vereança, colocou vídeo em rede social destacando os tombamentos realizados durante o período em que esteve na Seduc. Foram 12. Já durante a gestão Miguel Fernando (MDB) não houve nenhum. Ponto para Simião.

Metade de todos os bens tombados e registrados como materiais ou imateriais da hist´poria da cidade foram realizadas na gestão do pré-candidato do PSB. “Pra gente, a história e a memória não são conversa ou discurso. É compromisso!”, disse no vídeo. Muitos acrescentaram “não são forma de ganhar muito dinheiro”.

Ambos, porém, apoiam os mesmos que não se importaram em desfigurar a praça Napoleão Moreira da Silva, desenhada pelo mesmo autor da Catedral de Maringá, e mais recentemente da praça Regente Feijó, também de Bellucci. Serviram ao mesmo prefeito que coincidentemente trabalhava na administração Barros quando derrubaram a Estação Rodoviária Municipal Américo Dias Ferraz, de valor arquitetônico imenso por causa dos arcos; hoje o local é um imenso estacionamento. Silvio Barros (pai) derrubou a fonte luminosa da praça Raposo Tavares; o irmão mais novo, Ricardo, derrubou a estação ferroviária; e o mais velhos, a rodoviária. Algumas pessoas não nasceram para preservar nada.

PS – Faça-se justiça. O primeiro político a propor tombamento de bem histórico chama-se Oscar Batista de Oliveira. Foi dele a iniciativa de preservar o Hotel Bandeirantes, outra obra de Bellucci. Enfrentou resistências, mas obteve sucesso. Merecia uma justa homenagem.