Um novo ocupante no prédio histórico
Arquitetura do antigo prédio da CMNP desaparece em meio a visual de nova loja
Numa cidade em que preservar a história não interessa a boa parte dos políticos, e numa campanha pré-eleitoral contando na disputa à vereança com dois ex-secretários de Cultura (um tendo tombado 12 bens e o outro, nenhum), eis que a fachada do antigo prédio que abrigou a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná está novamente mudando o local, com painéis e painel metálico. Neste caso específico, o tombamento deu até inquérito civil público, pois tinha gente querendo ganhar em cima.
Quem passa pela esquina da avenida Duque de Caxias com rua Joubert de Carvalho por conta da transformação desde que foi ocupado por uma loja chinesa que vendia de tudo não percebe a arquitetura do edifício, de onde nos anos 1940 começaram a ser vendidos os lotes que transformaram a mata em cidade. Agora, será ocupada por uma empresa que vende utilidades domésticas, presentes, brinquedos, decoração, cama, mesa e banho, material escolar, ferramentas etc e está em sete estados.
O município, através da Seduc, poderia cobrar a efetiva intenção de um tombamento de patrimônio histórico, que é da preservação. Em regra, os bens tombados não podem ser destruídos, reparados ou restaurados sem a prévia autorização do poder público. Só falta a gestão ter autorizado, o comprovaria a tese de que nada resiste a certas determinações.