Prefeito de fato e de direito

Não há família, muito bem menos grupo Barros na política de Maringá. Há Ricardo Barros. Gostaria muito que fosse o candidato de fato e direito, para testar a sua popularidade e rejeição e se ele tem a força que dizem ter

Quando ouço falar em grupo Barros ou família Barros na política maringaense e no Paraná, me ocorre que sem Ricardo Barros ela não existiria e talvez não exista. Não fosse Ricardo Barros, Cida Borghetti não teria sido deputada estadual, federal e muito menos governadora, ainda que por 9 meses. Menos ainda Maria Victória, jovem com 24 anos , não teria sido eleita e reeleita deputada estadual. 

Silvio II dificilmente seria eleito e reeleito prefeito de Maringá, e teria, mesmo depois, poucas possibilidades de uma terceira eleição. 

Portanto, não há família, muito bem menos grupo Barros na política de Maringá. Há Ricardo Barros, que foi eleito surpreendentemente eleito prefeito em 1988, e dificilmente tentaria uma nova reeleição para prefeito de fato e direito. As más e boas línguas dizem que ele prefere ser o prefeito de fato e chegou a acumular o seu cargo de deputado federal, de direito, com os governador, e um deputado estadual de fato.

Diante da possibilidade de indeferimento da candidatura do irmão para essa eleição, gostaria muito que Ricardo fosse o candidato de fato e direito, para testar a sua popularidade e rejeição e se ele tem a força que dizem ter.

Mas duvido, duvido mesmo que ele tentasse e talvez não tenha um nome, nem mesmo o da vice, na chapa atual, a senhora Sandra Jacovós, que até poderia, se eleita, não ser a prefeita de fato, pois talvez nem tenha experiência para tal, como Cida não tinha para ser governadora, mas nesse caso, acredito que dificilmente Ricardo seria o prefeito de fato.

É possível que ele prefira lançar alguém apenas para fazer figuração ( jogar para não ganhar), e apostar numa alternativa , em que ele possa, se não for o prefeito de fato, conservar uma influência muito grande, como dizem, tem atualmente, sobretudo neste segundo mandato de Ulisses. 

Há quem diga que Ricardo poderia até trabalhar, veladamente, pela eleição de Humberto Henrique, de olho num eventual ministério no governo Lula, ou no mínimo voltar a ser líder de mais um governo, como nos últimos 18 anos. Será que o PT o perdoaria, assim tão facilmente, depois dele ter sido um bolsonarista tão forte a ponto de ser defendido até na CPI da Covid? 

A verdade é que há um clima de já ganhou, de que Silvio II será considerado elegível, como Pupin foi, contra o direito de fato, e que se elegerá no primeiro turno.

É bom não esquecer de 2016, e a eleição se desenha da mesma forma, com três candidatos da disputa (se Silvio concorrer), e não se pode desprezar a força de Humberto, Scabora, e por fora, como quem não quer nada, Evandro Oliveira.  E também lembrar a eleição de 2000, onde Zé Cláudio, por ser do PT, dizia que não teria chance. Vejo qualidades, políticas e preparo em Humberto Henrique, mais do que José Cláudio tinha. Portanto, recomenda-se cautela  aos que dizem que, por disputar pelo PT, não teria chances. 

O jogo está em aberto, e o que esperamos,  sempre, é que tenhamos prefeito de fato e de direito, e direito de fato.

PS: Essa é opinião de um leigo, talvez um escriba de ficção, ou comentarista torcedor, com a imparcialidade possível a quem não consegue enxergar os benefícios que Ricardo Barros traz para Maringá, pensando em Maringá, e não em seus negócios.