Criticar sem olhar para o próprio quintal é duvidar da inteligência do eleitor

Demorei um pouco para me debruçar sobre Ana Nerry, a vice de Scabora, porque, francamente, não a conheço e queria entender o que pensar sobre ela. Mas, depois de assistir a algumas propagandas e dar uma olhada nas publicações, comecei a observar umas coisinhas que merecem atenção. Ana passou por várias secretarias durante a atual gestão. Agora, eu pergunto: será que isso é um sinal de competência fora do comum ou de algo mais, como a falta de habilidade para lidar com o trabalho ou mesmo com seus colegas?

Quem entende como funciona a dinâmica da prefeitura sabe: quando uma pessoa realmente dá certo em um lugar, ela tende a ficar ali até o fim. Ou, se for boa mesmo, acaba sendo deslocada para áreas mais desafiadoras, com grandes orçamentos e mais trabalho. Mas não foi o caso de Ana. As secretarias pelas quais ela passou tinham um orçamento limitado, em sua maioria destinado ao pagamento de pessoal, e ela acabou rodando muito, sem deixar grandes marcas.

E o que dizer do famoso “cabidão de empregos” na secretaria que ela liderou, responsável pelas áreas de juventude, cidadania e migrantes? Ah, e vale lembrar que agora, em campanha, ela adota um tom crítico, reclamando das promessas de outros candidatos, dizendo que elas não estão no plano de governo. Bom, seria cômico se não fosse trágico, porque a gestão da qual ela fez parte – e onde o vice-prefeito agora é candidato – deixou de cumprir diversas promessas do próprio plano, especialmente no que diz respeito ao cuidado com os servidores administrativos. Além disso, os planos de metas estabelecidas por lei foram deixados de lado, com várias metas ficando pelo caminho.

Então, me diga: é o sujo falando do mal lavado ou apenas uma conveniente falta de memória? Porque criticar sem olhar para o próprio quintal é duvidar da inteligência do eleitor. Agora, se Ana quer realmente trazer a tal “nova política”, vai ter que fazer mais do que discursos bonitos. Precisamos de algo além das contradições entre prática e teoria que vemos aos montes por aí.

Aos eleitores: fiquem atentos, porque o show de falsas perfeições já começou!

Da sua não tão jovem defensora dos interesses do povo, Madame Savage