‘Esqueçam o que eu falei’
Prefeito, que queria tirar serviços da Sanepar, a partir de 2025 pode ocupar cargo comissionado… na Sanepar
O prefeito de Maringá, Ulisses Maia Kotsifas (PSD), seria um dos interessados em se abrigar na Sanepar, depois que seu segundo mandato acabar. A informação é de Karlos Kohlbach, que acrescenta: outros prefeitos disputam cargos por lá, como Rafael Greca (Curitiba) e Leonaldo Paranhos (Cascavel). O futuro diretor comercial da companhia foi escolhido na semana passada: Bihl Zanetti, prefeito de Campina Grande do Sul, já foi ungido pelo Conselho de Administração.
Ao lotear cargos em seu governo com meses de antecedência, Ratinho prepara sua próxima campanha, mas se o prefeito de Maringá ficar com cargo na Sanepar muitos entendem que estaria cavando sua própria cova política. É que desde o primeiro mandato ele defendia o retorno do serviço de água e esgoto para o município, via Codemar. No meio da conversa surgiu a questão da compensação de R$ 300 milhões, que gorou. De uma hora para outra, uma guinada como ser funcionário de uma companhia que criticava soaria “quadrado” na ouvido do eleitor – pelo menos aquele que tem um pouquinho de memória.
Nomes – Da mesma forma, começou o loteamento de cargos que ainda sequer estão desocupados, numa eventual vitória do ex-prefeito Silvio Barros II (PP). Fala-se em Umberto Crispim de Araújo, ex-MDB, na chefia do Gabinete do Prefeito, do vereador Nildão de Sarandi, em caso de derrota na eleição daquela cidade, e a Secretaria de Saúde entregue um grande hospital de um município da região. Sem contar na volta de vários ex-secretários municipais, como Leopoldo Fiewski, e a importação de outros tantos de cidades onde o deputado e secretário licenciado Ricardo Barros (PP) tem interesse político.
Apenas um assessor bem próximo não seria secretário, no caso de vitória pepista: um que fez compromisso por escrito.
Foto: MN