Uma derrota de Ricardo/Silvio seria melhor para ambos, pois acredito que aniquilaria futuras pretensões do maior mandachuva da política local

Certamente pelo menos um deles seria, mas é bem provável, pelo ‘caminhar da carruagem’, até a entrada em ação de um personagem das atuais eleições, os dois disputariam o cargo de prefeito de Maringá. 

Fruto de um distorção do sistema eleitoral brasileiro, membros do Legislativo podem concorrer a cargos no executivo sem precisar renunciar e nem ao menos se afastar dos mandatos de deputados, senadores, e vereadores. Sendo assim os dois citados deputados concorreriam sem risco algum, descompromissados e ainda  se beneficiariam de uma campanha antecipada para a disputa à reeleições para a Alep. 

Então por que não são candidatos? Aí entram o personagem que ‘manda e desmanda’ da política local, o deputado, não exercendo o cargo atualmente, Ricardo Barros. Ele, tudo indica, foi o responsável pelas desistências de Jacovós e Do Carmo, embora para a de Do Carmo a culpa tenha sido jogada no senador Sérgio Moro. Estão contentes, felizes trabalhando pela eleição de Silvio II, que na prática representa a eleição de Ricardo Barros a prefeito? Não sabemos, mas se eu estivesse no lugar deles, e com pretensões futuras ao cargo de prefeito, estaria com as ‘barbas de molho’.

Não se pode esperar que a vice, Sandra Jacovós, tenha espaço para crescer, de modo a se tornar prefeita depois dos possíveis dois mandatos de Ricardo/Silvio. Do Carmo então, nem pensar, pelos próximos dois mandatos (sempre na hipótese de eleição de Silvio II, que não está garantida). Para ambos, Jacovós e Do Carmo, pensando em serem prefeitos de Maringá, o melhor cenário seria a eleição de Scabora, apesar da concorrência de Ulisses, em 2026, para deputado. Scabora não pode concorrer à reeleição, e Ulisses, se for eleito deputado, dificilmente gostaria de voltar a ser prefeito pela terceira vez. 

Mas não se esquecer de Humberto Henrique, que pode ser o prefeito eleito. Em qualquer situação, uma derrota de Ricardo/Silvio seria melhor para ambos, pois acredito que aniquilaria futuras pretensões do maior mandachuva da política local. Mas é só uma análise de leigo, como diria uma amiga, comentarista do RCC News, a ‘minha humilde opinião’.