Quem ganhou o debate?

Sabe-se com certeza quem perdeu; quem deixou de debater Maringá

A iniciativa da Arquidiocese de Maringá pôde aclarar ainda mais sobre a responsabilidade de termos este ano eleições com poucos candidatos e somente um debate, cujo resultado começa a se desdobrar nas redes sociais e principalmente com os chamados cortes em aplicativos de mensagens.

O arcebispo dom Frei Severino Clasen fez uma abertura destacando a importância do debate e de quanto saber mais do candidato ajuda a definir o voto no próximo domingo. Os quatro candidatos presentes (Humberto Henrique, Evandro Oliveira, Edson Scabora e Pastor José) respeitaram a comunidade e a Igreja com suas presenças.

Para alguns, a partir de hoje passará a se falar menos de alguns candidatos e mais de outros, que se destacaram pelas propostas, defesa de melhorias dos serviços prestados pelo Executivo e cobrando velhas promessas feitas por velhos grupos políticos que, na hora da discussão, fogem. Aliás, o verbo fugir foi o mais conjugado durante o programa, transmitido ao vivo pela TV Evangelizar, Rádio Colmeia, sites e redes sociais.

Como disse o mediador, Everton Barbosa, foi “um momento histórico da democracia maringaense”, do qual nem todos participaram por não terem vontade própria e seguir uma estratégia política que outros pleitos já mostraram nem sempre dá certo. Quem não assistiu pode fazê-lo verificando abaixo situações que deixaram claro quem é “laranja” neste processo com tão poucas opções e quem é verdadeiramente interessado na cidade, quer seu bem e melhoria, e não a trata como um negócio.

Verá como como a perseguição do candidato do PSDB, Evandro Oliveira, sobre os empresários maringaenses e o questionamento sobre o super secretário Hércules Kotsifas, irmão do prefeito e todo poderoso da administração. Verá Edson Scabora dizendo que não esconde seu sobrenome, lojas sem fim do candidato do PDS à que classificou de “melhor mandato de todos os tempos”, demonstrando desconhecer a história da cidade, e afirmações como a de que foi a gestão que inventou a compra de vagas, o que não procede.

Pela postura, lembrando que suas propostas foram copiadas por outros candidatos, demonstrando que fez adversários mudarem até de ideia ao longo da campanha, Humberto Henrique focou na crítica bem colocada e na defesa de suas propostas. Evandro Oliveira voltou a ter uma atuação determinada, sentindo-se à vontade para, além de propor, questionar com determinação outros candidatos. O pano de fundo não foram ataques pessoais, mas a continuidade da construção da terceira maior cidade do Paraná.

A iniciativa, que somente no YouTube atingiu quase 10 mil eleitores, merece elogios; quem deixou de comparecer, certamente perdeu. Quem não assistiu, pode fazê-lo abaixo: