O que veremos daqui para frente pode ser bem diferente do que estamos acostumados

“Não gosto de amadorismo”, disse Ricardo Barros em uma certa vez. E confesso que sou obrigada a concordar com ele quando o assunto são os bastidores do poder. Hoje, Silvio Barros e sua equipe de transição se encontram com Ulisses Maia, e o cenário é uma verdadeira mistura de perfis que promete… Surpresa? Talvez.

Vamos começar pelo Coronel Pessôa, das Agulhas Negras, que traz consigo uma experiência de gestão robusta, especialmente em governança, sendo um nome cogitado para substituir Hércules Maia na Secretaria de Governo. Ao lado dele, o Coronel Cassitas, também com passagem pelo Governo Beto Richa e o Governo Borghetti Barros. Dois nomes fortes em um momento onde a segurança, ao que parece, está sendo tratada como prioridade.

Roderlei Mazurek, que já integrou o secretariado dos Barros, também está de volta, mostrando que certas figuras de confiança são difíceis de substituir. E aqui entra Jean Marques, que retornará à Procuradoria no próximo ano, com boas chances de assumir o mais alto posto da pasta, reforçando a importância de quem sabe navegar entre o técnico e o político.

Leandro Bravin, filho de Belino Bravin, surge como uma aposta interessante para assumir a assistência social. Filho de peixe, peixinho é? Quem sabe. Essa é a oportunidade que ele tem de mostrar que é bem mais do que um sobrenome. O que chama a atenção é como essas transições entre gerações políticas são feitas com uma certa naturalidade por aqui.

E Luiz Neto, que muitos conheciam como “Ulissinho”, o ex-filho pródigo, agora firmou seu nome e merece meu reconhecimento, agora com nome e sobrenome, e será o único vereador eleito a compor esse seleto grupo. É sempre bom ter alguém que transita bem entre diferentes espaços e consegue ser a ponte entre o novo e o já estabelecido.

Para fechar o pacote de segurança, temos o deputado estadual Soldado Adriano José, que completa a equipe com sua experiência. Tudo bem coordenado, tudo bem distribuído, além de outros nomes técnicos e ligados ao terceiro setor.

O que me intriga, no entanto, é o que essa equipe diversa e, em certos pontos, inusitada, vai trazer de novidade. Corre a informação de que as secretarias serão rateadas entre esses nomes, sob a responsabilidade de um coordenador. O que veremos daqui para frente pode ser bem diferente do que estamos acostumados.

Quem sabe? Talvez essa transição nos surpreenda. Afinal, os jogos políticos estão sempre prontos para revelar aquilo que menos esperamos.

Da sua coordenadora eleita dos interesses do povo, Madame Savage.