‘Tratoraço sobre interesses coletivos’
“Presenciamos um verdadeiro tratoraço sobre os interesses coletivos”, avalia deputado Arilson Chiorato, a respeito das votações de hoje na Alep
A rotina legislativa foi intensa nesta quarta-feira na Assembleia Legislativa do Paraná. Dois projetos importantes foram aprovados em regime de urgência, o que impediu discussões mais profundas com a população. Em ambas votações, o deputado Arilson Chiorato (PT) reafirmou seu posicionamento contrário à venda da Celepar e também ao projeto de reestruturação da carreira militar, porque aumenta as desigualdades entre praças e os oficiais.
“Presenciamos um verdadeiro tratoraço sobre os interesses coletivos. Projetos de extrema importância foram votados às pressas, desconsiderando não só o diálogo com os servidores na Celepar e com os policiais militares, mas com toda a população. Além disso, as emendas propostas não foram analisadas com devido zelo, tendo o seu conteúdo descartado ou substituído”, avalia o deputado Arilson.
Nesta quarta-feira, para aprovar a venda da Celepar, a proposta tramitou em sessão extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em três sessões plenárias – uma ordinária, uma extra e outra antecipada de segunda-feira (18). “Ou seja, o Governo é altamente eficiente quando é do seu interesse. Aliás, do interesse do mercado financeiro. Nos últimos meses, expus de forma assídua os perigos que a venda da Celepar representa, mas, hoje, os interesses econômicos falaram mais alto”, critica.
ADI – O deputado Arilson, que também preside o Partido dos Trabalhadores (PT-PR), reforça que, com a aprovação da venda da Celepar, medidas judiciais serão tomadas. “O governador Ratinho Jr. não pode continuar entregando os dados e o patrimônio do povo de bandeja para os amigos megaempresários. Para conter essa ação danosa e descabida já estamos estudando entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) junto ao Supremo Tribunal Federal”, afirma.
Reestruturação da carreira militar – Esse projeto de reestruturação da carreira militar estadual também foi aprovado hoje e segue para sanção. Na avaliação do deputado Arilson, a proposta 542/2024, que foi votado na Comissão de Constituição e Justiça e nas três sessões desta quarta, amplia a desigualdade entre praças e oficiais. A emenda apresentada pela Bancada de Oposição também foi rejeitada.
“Fizemos tudo o que foi possível para modificar o projeto, que é ruim pela forma como foi feito, aumentando o abismo entre os praças e os oficiais. Mas por tratar também de aumento salarial, e como nunca votamos contra aumento em nenhuma categoria, votamos sim ao projeto”. (Assessoria)
Foto: Alep