Luiz Neto, um político amadurecido
Se pudesse dar-lhe um conselho, diria que seguisse o exemplo de um grande líder local, que não costuma levar questões de críticas da imprensa a instâncias fora do campo político
Entrevistado pelo RCC News, no último dia 18, o vereador eleito, Luiz Neto, um dos mais jovens da história do legislativo maringaense, se revelou um político amadurecido, com ar bastante sério, demonstrando que tem todas as condições de se destacar com um excelente trabalho e carreira promissora na política, preparando-se para galgar postos mais altos.
Dos entrevistadores, destaco as perguntas e colocações pertinentes de Paulo Caetano, Rigon, Daniel Mattos e Professor Jorge. Destoando deles, uma entrevistadora, Pamela Bussolin, levantou questões da campanha e supostos ataques, e a resposta levou a intervenções do Professor Jorge e da Regeane Guzzoni, que fez uma pergunta cuja resposta demonstrou amadurecimento de políticos experientes que se saiam muito bem de questões espinhosas com uma habilidade comparável a craques, no futebol, que deu os dribles mais improváveis.
Se lhe pudesse dar-lhe um conselho, caro Luiz Neto, diria que compreendendo perfeitamente a resposta, que seguisse o exemplo de políticos como um grande líder local, que não costuma levar questões de críticas da imprensa à instâncias fora do campo político. Há quem diga que ele, pelo menos antigamente, xingado, ofendido, sorria, fingindo que não era com ele. Há situações em que não mexer é a alternativa mais inteligente.
Falo com a experiência de alguém que viveu uma situação em abril de 2017, quando um então vereador usou a tribuna da Câmara Municipal, para fazer denúncias contra um tal de Akino Maringá, revelando sua identidade. Na época, Jorge Villalobos me aconselhou a deixar de tomar providências judiciais, que o tempo se encarregaria de mostrar que a anunciada bomba, não passaria de um traque que deu chabu. Foi exatamente o que aconteceu. Hoje nem lembro e quando lembro não tenho qualquer sentimento ruim, como o que tive na época.
Outro dia dei conselho semelhante a um amigo que me pediu (ele tem nome de um ministro do STF). Disse-lhe que era tempo de dar tempo ao tempo, esperar e focar no trabalho do parlamentar, criticando ou elogiando, com justiça. Que não valeria a pena levar denúncias à frente. É, Neto, a vida pública torna pública nossa vida. Tenho certeza que você está mais maduro, não só como político, como também, como ser Humano. Mas não precisa ficar carrancudo, e esse bigodinho e o cavanhaque tiram-lhe o ar mais alegre e juvenil, e o juvenil, aqui, é de juventude de garotão, o que não lhe tira o amadurecimento.