Maringá Desencantada?
O Natal que apagou as luzes
Ah, meus caros leitores, o encanto natalino que outrora iluminava Maringá anda precisando de um bom eletricista, ou talvez de um bom gestor. O que era para ser um espetáculo que brilhasse os olhos de crianças e adultos tem virado, no máximo, um piscadela cansada de lâmpadas queimadas. Sim, isso mesmo, piscas-piscas aos pedaços, aos montes pela cidade.
A pergunta que fica no ar, assim como as decorações sem graça, é: erro de licitação ou qualidade duvidosa do material? Queremos respostas. O que já estava difícil de digerir piora com a praça da Catedral, que poderia ser o coração do Natal, mas está entregue às obras talvez atrasadas, ou não. Um triste presente para o comércio central e uma gestão que perdeu a oportunidade de entregar algo memorável.
Com tudo jogado para a zona sul, um lugar onde, convenhamos, o maringaense médio nem pensa em ir para ver decoração natalina, o espírito do Natal ficou mesmo no papel. Ah, e antes que tentem enfiar goela abaixo aqueles números de impacto econômico e retorno ao município: dessa vez, não cola. Porque o comércio do centro, sem brilho, sem vida e sem público, sente na pele o descompasso de um Natal que parece mais um lampejo de má vontade do que de magia.
O atual prefeito, que tinha tudo para consolidar um projeto que já vinha sendo sucesso, dá de presente ao sucessor uma dor de cabeça daquelas: o embalo para repensar se vale a pena continuar com a Maringá Encantada assim, apagada.
E cá entre nós, se alguém perguntar “vai deixar saudades?”, o que a gente ouve por aí é um retumbante “não”. Esse Natal sem sal, sem centro e sem brilho entra para a lista dos “legados” que ninguém pediu, e que ninguém vai querer repetir.
Se for assim, meus caros, é melhor só montar a árvore em casa mesmo. Pelo menos lá, o pisca-pisca funciona.
Daquela que não presenteia maus meninos no Natal, Madame Savage.