Escândalo resultou em prejuízo histórico aos cofres públicos de Maringá

Hoje faz 6.884 dias que o ex-prefeito Jairo Gianoto foi preso pela Polícia Federal em Maringá. Ele foi pivô do escândalo com Luiz Antonio Paolicchi, que foi secretário municipal da Fazenda dos também ex-prefeitos Ricardo Barros e Said Ferreira.

Ao menos dois livros foram escritos sobre o desvio de milhões de reais – tanto que até hoje não se tem efetivamente uma ideia do que foi tirado irregularmente dos cofres públicos, visto que Paolicchi morreu em outubro de 2011.À época, calculava-se algo em torno de R$ 100 milhões. Para se ter uma ideia de tempo: dos 6.884 dias da prisão, 4.690 foram dias úteis, 1.968 foram sábados ou domingos e se passaram 226 feriados nacionais. No total, 983 semanas, 18 anos ou 226 meses.

O ex-prefeito raramente vem a Maringá, e num dos vários processos conseguiu se safar de pagar alguns milhões de reais. Deixou outras dívidas, algumas das quais foram quitadas, como a produção do programa de televisão quando tentou a reeleição, em 2000. Em 3 de fevereiro de 2006 ele foi preso pela PF no centro da cidade, segundo reportagem de Andye Iore na Gazeta do Povo, mas não ficou detido mais que uma noite. Ele foi condenado pelo juiz da Vara Federal Criminal, Raphael Cazelli de Almeida Carvalho, a 14 anos de prisão por desvio de verba pública, sonegação fiscal e formação de quadrilha. Na mesma sentença, Paolichi, então com 50 anos, foi condenado a 12 anos e seis meses de prisão.

Também foram condenados: a esposa do ex-prefeito, Neuza Aparecida Gianotto (7 anos de prisão em regime semiaberto), os funcionários públicos Jorge Sossai e Rosimeire Barbosa (a 9 anos em regime fechado), além do empresário Jorge Sanches Ouverney (5 anos em regime semi-aberto).

Foto: Arquino MN