Candidata fictícia que estava na Itália: dois vereadores eleitos são cassados

Caso semelhante ao de Maringá resultou na cassação da chapa inteira, do PP

Sabe aquele caso da candidata a vereadora que estava na Itália, mas não a Isa da Comunicação de Maringá e sim Sandra Raquel da Silva de Moraes, do PP de Campo Mourão? Ambos foram alvo de Ação de Investigação Judicial Eleitoral. A Justiça Eleitoral de Campo Mourão já analisou o caso de fraude à cota de gênero e determinou nesta tarde a cassação dos mandatos dos vereadores eleitos Alexandro Alves Nunes e Sebastião Gaudino, ambos do PP.

“Além disso, a Justiça também anulou o demonstrativo de regularidades de atos partidários do PP e declarou a inelegibilidade por oito anos de todos os candidatos vinculados ao partido, incluindo a candidata a vereadora Sandra Raquel da Silva de Moraes e o candidato a prefeito Rodrigo Salvadori, que não foram eleitos”, diz matéria da RPC.

De acordo com a denúncia, a candidata Sandra Raquel da Silva de Moraes reside na Itália há vários meses, não fez campanha eleitoral e não apresentou receitas ou despesas em sua prestação de contas. Ademais, ela não possui conta bancária para fins eleitorais, não compareceu à convenção partidária e não participou das gravações da propaganda eleitoral. A investigação revelou que, na sessão onde estava registrada como votante, Sandra não obteve nenhum voto, recebendo apenas 9 votos ao todo. O presidente do PP, Salvadori, ligado ao deputado Ricardo Barros, diz que o partido cumpriu todas as regras.

A Aije de Campo Mourão foi movida pelo PSD, e a de Maringá pelo Subtenente Dioney, do Republicanos. Isa fez 11 votos. A alegação é praticamente semelhante a do caso mourãoense e pode resultar em mudança na composição do Legislativo. Na Justiça Eleitoral de Maringá tramitam outras duas Aijes sob a mesma acusação: uma contra o Partido Novo e outra contra o Agir.

Foto: Câmara de Campo Mourão