Tratamento diferenciado


Câmara de Maringá deu aumento ao prefeito eleito que nem o futuro chefe do Executivo não poderá garantir aos demais servidores públicos municipais
Em sessão extraordinária, a Câmara Municipal de Maringá aprovou aumento no subsídio do prefeito eleito, Silvio Barros II (PP). O projeto assinado pela CFO (Comissão de Finanças e Orçamento), que conta com a assinatura dos vereadores Onivaldo Barris (PP), Alex Chaves (MDB) e Maninho (Republicanos), garante o aumento de R$ 33.958,66 para R$ 37.524,32 – o equivalente a um aumento de 10,5%.
Nem que quisesse, o próximo prefeito teria capacidade financeira para garantir o mesmo reajuste aos servidores municipais. Isso porque, segundo a LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2025, os vencimentos dos servidores públicos municipais já representam um gasto de 48,94% da RCL (Receita Corrente Líquida) da cidade. Aumentar, na mesma proporção, o salário dos servidores do município resultaria em gastos que sobrepõem a Lei de Responsabilidade Fiscal.
A despesa atual com os servidores da cidade é de R$ 1.291.401.262,00, em uma RCL de R$ 2.638.998.065,00, ou seja, 48,94% do total. A proposição de igual aumento, de 10,5%, aos servidores, acarretaria – superficialmente – aumento de R$ 135.597.132,51 na folha de pagamento, alavancando a despesa com folha de pagamento para R$ 1.426.998.394,51 – ou 54,07% da RCL.
Montagem s/ foto MN