Um ciclo de desrespeito e barbárie

Não podemos nos calar diante de situações como essa. Léo Pelé (foto), assim como qualquer outro atleta, merece respeito e condições dignas para desempenhar seu papel
Por DANIEL MATTOS
O ocorrido no Atletiba de ontem ultrapassa qualquer limite aceitável dentro e fora dos gramados. O esporte, que deveria ser uma ferramenta de união e celebração, foi manchado por um ato deplorável contra o jogador Léo Pelé. É inadmissível que, em pleno 2025, ainda presenciemos atitudes que não apenas ferem a ética esportiva, mas também a dignidade humana. Nossa solidariedade ao jogador, que foi vítima de um episódio que jamais deveria ter espaço no futebol.
Esses atos vão muito além de rivalidades esportivas e nos fazem refletir sobre os valores que estão sendo cultivados nas arquibancadas e no campo. O futebol é paixão, é disputa saudável, mas jamais pode ser palco de preconceitos, ofensas ou violência. A situação enfrentada por Léo Pelé não diz respeito apenas ao clube, mas à sociedade como um todo, que precisa se posicionar contra qualquer tipo de comportamento que desrespeite o próximo.
É essencial que as autoridades competentes ajam de forma célere e eficaz. Investigações devem ser conduzidas com rigor, e os responsáveis, punidos exemplarmente. A impunidade só reforça o ciclo de desrespeito e barbárie. Além disso, as instituições esportivas têm o dever de educar torcedores e profissionais para que o futebol volte a ser o espetáculo que emociona e une, e não um campo para o ódio.
Não podemos nos calar diante de situações como essa. Léo Pelé, assim como qualquer outro atleta, merece respeito e condições dignas para desempenhar seu papel. É hora de nos unirmos, enquanto torcedores e cidadãos, para exigir mudanças e combater atitudes que envergonham o esporte. O futebol precisa ser símbolo de paixão e superação, não de vergonha e indignação.
Foto: Athletico Paranaense