O labirinto da oposição

O fracasso do governo não é suficiente para garantir uma vitória, diz analista, que cita Ratinho Junior

Do advogado e jornalista Murillo de Aragão, na revista Veja, depois de falar em Tarcísio de Freitas:

Outros nomes surgem no horizonte, não necessariamente como alternativas viáveis, mas como postulantes que buscam projeção nacional. Ronaldo Caiado e Ratinho Juniorsão exemplos. No caso do governador do Paraná, uma candidatura presidencial, mesmo que resulte em derrota, pode elevá-lo à elite da política nacional, preparando-o para futuras eleições. O fato é que a ausência de Bolsonaro e a eventual desistência de Tarcísio criariam um vácuo que pode levar à fragmentação do campo oposicionista, com múltiplos candidatos disputando a herança do ex-presidente.

A oposição, portanto, enfrenta um dilema complexo. Com Bolsonaro inelegível, há um vácuo de liderança a ser preenchido. Apesar de seu peso político, a influência do ex-presidente não é suficiente para garantir a eleição de um sucessor. O eleitorado de centro, que será decisivo em 2026, não se mobiliza exclusivamente pelo bolsonarismo. O desafio da direita é encontrar uma saída para esse labirinto sem ficar refém da incerteza jurídica e política que ainda envolve Bolsonaro. A
reconstrução da oposição exige a ampliação de seu espectro e um diálogo que vá além da base fiel do ex-presidente (leia mais).

Foto: Arquivo