‘Reis’ brasileiros

Roberto Carlos e Pelé tiveram ajuda de pessoas são pouco conhecidas, mas com papéis importantes para que ambos fossem considerados majestades na música e do futebol

O Brasil foi uma colônia de Portugal que teve como regime de governo a monarquia, sem nunca ter tido um Rei. Na monarquia, o monarca, que pode ser um rei ou imperador (caso do Brasil) é o chefe de Estado, permanece no cargo até morrer ou abdicar. 

Recentemente ao presidente dos EUA fez uma postagem aparecendo como um ‘rei’, talvez traído pelo subconsciente de alguém que tem se portado como  ‘ditador de extrema de direita’, que no fundo sonha permanecer no poder até morrer, assim como numa ditadura militar, ou governos com alguma aparência de democracia, mas que no fundo são uma ditadura, como a Venezuela (O Brasil quase virou uma Venezuela, não tenho a menor dúvida)

Mas há um outro tipo de chamado ‘rei’, e vamos resumir as histórias de dois, o ‘rei’ Roberto Carlos e o ‘rei’ Pelé, que tiveram ajuda de pessoas são pouco conhecidas, mas com papéis importantes para que ambos fossem considerados majestades na música e do futebol, começando por Roberto Carlos, segundo informações de uma própria página em rede social:

‘No início dos anos 60, Roberto Carlos ainda não era o ‘rei’. Era um jovem  com talento evidente, mas sem espaço garantido em um mercado musical. Os palcos que pisava eram modestos,  em circos e pequenos clubes, e o cachê, quando existia, mal cobria as despesas de viagem. Havia entusiasmo, mas faltava um plano. Foi então que surgiram aqueles que fariam a diferença e mudariam para sempre sua trajetória.

Geraldo Alves apareceu no final de 1963, viu naquele jovem cantor não apenas um diamante bruto pronto para ser lapidado, era uma aposta certeira. Não queria apenas vender shows, queria que Roberto Carlos fosse ele mesmo, mas da melhor forma possível. A ideia nunca foi criar um personagem, mas sim ajudar Roberto a se tornar cada vez mais confortável sendo quem ele realmente era.

Ao lado de Edi Silva, conhecedora dos bastidores do rádio, Geraldo começou um trabalho intenso para colocar Roberto Carlos onde ele merecia estar. Mas não era fácil. As rádios, conservadoras e resistentes à rebeldia que começava a surgir na juventude, fechavam suas portas para qualquer artista de cabelo comprido. ” O desafio, então, era furar esse bloqueio, fazer com que as músicas chegassem ao público, mesmo quando todas as portas pareciam trancadas.

Se Roberto Carlos  chegou onde chegou, é porque, um dia, alguém teve a visão e a coragem de apostar que aquele garoto desconhecido estava destinado a algo muito maior. Só que o que ninguém imaginava era que ele iria muito além do que qualquer um sonhou um dia, considerado um ‘rei’.

Outro ‘rei’ brasileiro e mais famoso que Roberto Carlos foi e é, Pelé, cuja história é amplamente conhecida.

Seu talento Pelé foi descoberto por Waldemar de Brito, que inicialmente o chamou para jogar no Bauru Atlético Clube (BAC). Posteriormente decidiu levar o craque para o Santos FC, onde fez história. Antes disso, o craque chegou a tentar entrar no Corinthians, mas não foi aceito. Não demorou muito para que ele se tornasse titular do Santos, quando tinha apenas 16 anos. 

O talento de Pelé era nítido e chamava muito atenção. Por isso, logo ele começou a integrar a seleção brasileira também, disputando e vencendo sua primeira Copa do Mundo aos 17 anos. O Rei do Futebol não era tratado como majestade apenas no Brasil, muito pelo contrário. Chamado dessa forma pela primeira vez pelo brasileiro Nélson Rodrigues, o título real foi difundido ao redor do planeta através da idolatria dos franceses.

Em 8 de março de 1958, Rodrigues escreveu uma crônica, publicada na revista “Manchete Esportiva”, intitulada “A realeza de Pelé”. O jornalista ficou impressionado com uma exibição do jogador contra o América-RJ. Aos 17 anos, ele marcou quatro gols na vitória do Santos por 5 a 3. Sua trajetória e o auge em 1970, todos conhecemos. Pelé como jogador é unanimidade.

Quem foi rei nunca perde a majestade, diz um provérbio. Roberto Carlos e Pelé serão dois ‘reis’ brasileiros, eternamente.

Foto: Mike Bird/Pexels