Ex-prefeito não está sendo preparado para voos mais altos, mas sim estacionado em uma vaga sem muito movimento

Depois de dois mandatos como prefeito de Maringá, Ulisses Maia finalmente conseguiu um cargo no governo do estado. Mas calma, sem muito entusiasmo. O posto? Secretário de Planejamento do Paraná. Um espaço que, no jogo político, vale pouco mais que um enfeite institucional.

A escolha veio como um favor de Ratinho Jr., que precisava cumprir a promessa de encaixá-lo em algum canto. E foi exatamente isso que aconteceu: ele entrou, mas entrou pequeno. Sem orçamento robusto, sem poder de decisão e, pior, sem a garantia de que essa nomeação vai render frutos políticos no futuro. Quem planeja não executa, e a secretaria em questão tem mais cara de depósito de aliados do que de centro estratégico do governo.

Enquanto isso, Guto Silva, que segurava essa cadeira até agora, deve ganhar uma recolocação bem mais interessante. Apesar de sua jogada errada ao se lançar ao Senado e acabar temporariamente no congelador, Guto segue sendo peça importante para Ratinho e está a caminho do Palácio Iguaçu, onde as coisas realmente acontecem.

Ulisses, por sua vez, fica onde foi colocado: no segundo escalão, com um cargo que parece mais um prêmio de consolação do que um verdadeiro reconhecimento político. Se a intenção era crescer no cenário estadual, começou mal. Ou melhor, pequeno. Bem pequeno.

O interessante é que, enquanto Ulisses ganhou um posto sem impacto, o prefeito de Cascavel foi nomeado para uma pasta que lhe permite andar por todo o Paraná, e Rafael Greca, de Curitiba, já está bem contemplado na estrutura do estado. A impressão que fica? Ulisses não está sendo preparado para voos mais altos, mas sim estacionado em uma vaga sem muito movimento.

Na capital, todo mundo sabe: quem trabalha no Palácio das Araucárias nunca terá a relevância de quem está no Palácio Iguaçu. E no jogo político, quem não está no centro das decisões é apenas figurante de luxo.

Da sua chefa da Casa dos Segredos Políticos, Madame Savage.