Escândalo do INSS, no colo de Lula não cola

“A maior parte das transações, no total de R$ 12 milhões, foi feita entre 2019 e 2020”

Há clara tentativa de jogar no colo do governo Lula e do PT o escândalo dos descontos indevidos das aposentadorias no INSS. Hoje mesmo do RCC News, o âncora Paulo Caetano exaltou-se com o Rigon, sendo indelicado mesmo, porque foi confrontado ‘que a coisa’ ocorre desde 2016, e na verdade no governo Lula, graças à liberdade da PF e CGU (foto), o esquema foi desbaratado. 

Justiça seja feita, não coloco a mão no fogo por nenhum governo, mas… Vejam, a propósito, trechos de matéria do Metrópoles: 

(…) A maior parte das transações, no total de R$ 12 milhões, foi feita entre 2016 e 2020, período em que empresas ligadas a Camisotti, como a Prevident, e a banca de Nelson Wilians eram prestadoras de serviços do Geap, plano de saúde dos servidores públicos federais (…).

Após ser expulso do Geap, Camisotti ergueu, em 2021, a Associação de Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos, que firmou “acordo de cooperação técnica” com o INSS para efetuar descontos de mensalidades diretamente na folha de pagamento dos aposentados em troca de supostas vantagens em serviços, como seguro e plano odontológico.

Em novembro de 2021, dois meses depois de a Ambec obter seu acordo com o INSS, o empresário foi chamado ao banco para explicar o motivo de ter recebido uma transferência de Wilians no valor de R$ 751 mil e esclareceu que havia tomado um empréstimo com o advogado.

Em outra transação considerada atípica pelo Coaf, Wilians realizou pagamentos de R$ 2,1 milhões a Camisotti em agosto de 2022. Procurado, o advogado Nelson Wilians disse que não vai se manifestar. Por meio de nota, Camisotti afirmou que as transações envolvem “relação privada, sem qualquer irregularidade”.

Como o governo Lula começou em janeiro de 2023, querer atribuir-lhe o fato é burrice ou má-fé, como diria o Dr. Heine. Mas não dar crédito ao governo Lula, por ter  acabado com a farra, inclusive com a suspeita sobre um de seus irmãos ( por quem não coloco a mão no fogo) é certamente má-fé. Se fosse com Bolsonaro, com envolvimento de um parente dele, certamente a PF faria de tudo para encobrir, como fez com  no caso das rachadinhas e outros. 

Foto: Divulgação