É a direção nacional mesmo que definirá comando da nova federação no Paraná; nenhum paranaense aparece como liderança da UP

Em oito estados e no Distrito Federal o comando da federação partidária União Progressista (UP), formalizada ontem à tarde no Congresso Nacional, será decidido pela direção nacional. Entre eles está o Paraná, onde o senador Sergio Moro (União Brasil) tem grandes chances de ficar à frente de Ricardo Barros (PP), há anos tesoureiro nacional do Progressistas.

Barros, que não estava no evento realizado ontem no Salão Negro, tem sido o comandante mor do PP nas últimas décadas no Paraná, com familiares nos principais cargos aos quais o partido tem direito e também na distribuição dos recursos eleitorais para os candidatos. O fato de, com este histórico, ele não ter garantido a UP levanta suspeitas sobre o início de um novo ciclo; no entanto, ele e Sergio Moro podem se acertar.

A federação será válida por quatro anos, representando cerca de 20% do total dos parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal: são 109 deputados e 14 senadores. O UP reúne, ainda, 6 governadores, cerca de 1.400 prefeitos e 12 mil vereadores.

Até dezembro, a presidência do União Progressista será compartilhada entre o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o presidente do Progressistas, Ciro Nogueira. No fim do ano, uma eleição definirá a nova composição.

Analistas apontam disputa interna em pelo menos 14 estados, e no caso do Paraná o favoritismo é de Sergio Moro, que aparece como o favorito nas pesquisas de intenção de voto para o governo. “Embora conte com apoio unânime em seu partido, enfrenta resistência por parte do PP, que atualmente compõe a base do governador Ratinho Júnior (PSD), seu maior adversário”, frisou Lauriberto Pompeu, de O Globo. Neste caso, porém, um reparo ao texto publicado no jornal do Rio de Janeiro: Moro não tem apoio unânime do UB, ao qual é filiado por exemplo o secretário estadual Paulo Rogério do Carmo, deputado licenciado.

Fotos: Divulgação – Grafismo: O Globo