Violência policial é tema de audiência pública em Londrina

Encontro acontece nesta quinta-feira, às 19h, no auditório da OAB

Na próxima quinta-feira, 8, a partir das 19 horas, a violência policial e seus impactos serão discutidos em audiência pública no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, subseção de Londrina. A discussão, que tem como tema “Segurança em Questão: Denúncias de Abusos Policiais em Londrina”, foi proposta pela Comissão de Direitos Humanos e da Cidadania, da Assembleia Legislativa do Paraná, e atende a solicitação do deputado Arilson Chiorato (PT), que fez o pedido no mês passado.

Na oportunidade, representantes da sociedade civil, familiares de vítimas, especialistas em direitos humanos e segurança pública irão debater sobre casos de abuso de autoridade e repressão excessiva, em especial o caso dos jovens Kelvin Willian Vieira dos Santos, 16, e Wender Natan da Costa Bento, 20, que motivou a audiência, entre outras questões de segurança públicas.

O crime ocorreu no dia 15 de fevereiro no Jardim Leonor, após abordagem da Polícia Militar. As mortes geraram protestos, principalmente após divulgação de imagens de circuito de videomonitoramento, que contradizem a versão oficial.

“Apresentamos um requerimento à Comissão de Direitos Humanos e da Cidadania da Alep para a realização desse importante debate, diante do aumento das denúncias de violência policial na cidade, e nesta quinta-feira, vamos promover esse espaço de escuta e, claro, ao final, iremos fazer os encaminhamentos necessários”, pontua o deputado Arilson, que tem recebido inúmeras denúncias desde o início do ano envolvendo a violência policial em Londrina.

Segundo o parlamentar, o objetivo da audiência pública, além de fazer a escuta ativa das famílias, autoridades da área e especialistas em direitos humanos, é dar visibilidade às questões que envolvem a segurança pública na Região Metropolitana de Londrina.

“Também iremos propor medidas de monitoramento das investigações pelo Poder Legislativo, em conjunto com os órgãos de controle, como o Ministério Público e Corregedorias. Outro ponto que será discutido é o uso de câmeras corporais pelos profissionais da segurança pública em serviços e sua regulamentação no Estado”, comenta o deputado.

“Seguimos acompanhando a investigação sobre a morte dos jovens Kelvin e Wender, cumprindo o papel do Legislativo, que é fiscalizar esse processo. Temos dado apoio às famílias na busca por justiça e por uma apuração independente do caso. Por isso, convidamos toda a sociedade londrinense para participar desse debate”, ressalta.

Presenças confirmadas:
Deputado Professor Lemos, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Paraná; deputado estadual Arilson Chiorato; deputada federal Lenir de Assis; deputado federal Tadeu Veneri, representante da Comissão de Direitos Humanos Da Câmara dos Deputados; Mário Sérgio Dias Xavier, presidente da Subseção Da OAB Londrina; Luiz Valério dos Santos, juiz de Direito e Diretor do Fórum Criminal de Londrina, representante do Poder Judiciário do Estado do Paraná; Leandro Antunes Meirelles Machado, promotor do Ministério Público do Paraná; Walter Tierling Neto, presidente do Conselho Permanente de Direitos Humanos; Cláudio Melo, Conselho Municipal de Direitos da Criança e Adolescente e Jovens de Londrina; Paula Vicente, vereadora de Londrina;
Haydee Melo, coordenadora do Movimento Justiça Por Almas; Valdirene da Silva; mãe de vítima e fundadora do Movimento Justiça Por Almas; Vanessa Pereira da Costa; Mães da Bratac; e Alisson Fernando Moreiras Poças, coordenador Do Centro De Direitos Humanos de Londrina. (Assessoria)