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‘Um cenário competitivo e segmentado’

Pesquisa destaca força política de Alvaro Dias, que lidera para o Senado, e também aparece bem em cenários na disptua pelo governo do estado, em 2025

Pesquisa realizada pela Real Time Big Data, de 3 a 5 de maio, com 1.000 entrevistas, com cenários para o governo do estado e o Senado mostra a força do ex-senador Alvaro Dias (Pode) na eventual disputa de qualquer um dos dois cargos.

A presente análise estatística sobre os cenários eleitorais no estado do Paraná revela tendências importantes e nuances estratégicas tanto para a disputa ao governo quanto ao Senado. A leitura detalhada dos dados segmentados por gênero, faixa etária, renda e região permite identificar zonas de conforto e alerta para os principais pré-candidatos.

Na análise quantitativa feita pelo instituto, no cenário para o governo estadual, “o favoritismo do ex-juiz Sérgio Moro (União) é evidente, sobretudo entre os homens e nos segmentos etários entre 35 e 59 anos, além das regiões tradicionalmente mais alinhadas à direita, como a Metropolitana. No entanto, a performance do ex-senador Alvaro Dias não deve ser subestimada: ele se mostra competitivo especialmente entre as mulheres, onde se aproxima de Moro dentro da margem de erro, e apresenta desempenho expressivo entre os mais jovens (16 a 34 anos), um dado surpreendente frente à narrativa de desgaste etário que o cerca”.”.

“O recorte por renda evidencia a conhecida divisão entre classes: enquanto Moro se fortalece nas faixas salariais mais altas, Alvaro Dias demonstra resiliência entre os eleitores de até dois salários mínimos, com desvantagem apenas marginal. Regionalmente, embora Moro lidere nas áreas de maior densidade eleitoral, Alvaro avança de forma significativa nas regiões 4, 5 e 6 — apesar de serem menos populosas, essas áreas formam bolsões de crescimento potencial e devem ser monitoradas com atenção’, continua a análise.

“Para o Senado, Alvaro Dias lidera o cenário analisado com 31% contra 25% de Felipe. Sua força é especialmente notável entre as mulheres, com vantagem de 13 pontos, e entre os eleitores mais velhos (acima de 60 anos), com uma diferença expressiva de 16 pontos. A repetição do bom desempenho entre os jovens também aparece aqui, consolidando sua presença em faixas que, em tese, tenderiam a um discurso mais renovador. Por renda, as classes mais baixas continuam sendo seu principal reduto, enquanto Felipe cresce junto às camadas mais abastadas.

Geograficamente, Alvaro domina com folga nas regiões 4, 5 e 6 — chegando a quase 40 pontos na região Centro-Sul (Região 6) — o que reforça sua capilaridade fora dos grandes centros. Ainda que essas regiões representem um menor percentual do eleitorado, o crescimento nelas pode ser uma alavanca estratégica para compensar as desvantagens em áreas mais populosas.

Em resumo, os dados revelam um cenário competitivo e segmentado. Enquanto Moro ostenta uma vantagem inicial, especialmente nas regiões mais urbanas e entre os eleitores de renda mais alta, Alvaro Dias apresenta potencial de crescimento sustentado, com base em seu desempenho consistente entre mulheres, jovens, classes populares e regiões periféricas. Trata-se de um jogo aberto, cuja definição dependerá da capacidade dos candidatos de consolidar suas fortalezas e penetrar nos redutos adversários”, conclui.

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