‘Fome’ de data centers está gerando cidades sem água e sem luz, diz cientista

Cientista alerta sobre a fome dos data centers e a possibilidade de faltar energia e água onde eles se instalam; como Maringá pode sediar o maior data center da América Latina, não deixa de ser um grande motivo de preocupação

Escolhido como uma das 100 pessoas mais importantes do mundo em 2009, o médico e cientista Miguel Angelo Laporta Nicolelis, em entrevista ao Flow, na semana passada, abordou um tema que deve deixar o maringaense de orelha em pé e mobilizar a sociedade civil organizada e os defensores do meio ambiente.

Ele falou do impacto ambiental que um data center provoca onde se instala, consumindo como se fosse uma pequena cidade, e o maior da América Latina, anunciou-se no primeiro mês da atual administração, se instalará em Maringá, onde já tem até área reservada pelo município. Nicolelis falou do alto impacto ambiental provocado por data centers, o que levou cidades dos Estados Unidos a criarem leis proibindo sua implantação. No Arizona e Texas há cidades ficando sem água e sem luz

Onde há data center pode faltar água e energia, de acordo com o quadro traçado pelo cientista – e isso pode acontecer com Maringá e cidades da região. A instalação de empresas de IA (inteligência artificial) enfrenta resistência em várias partes do mundo, principalmente pela perspectiva do uso da água, que, novamente, poderá faltar na região. Ele aborda que não há ganho com impostos, pois as empresas obtêm isenção fiscal, e há uma geração mínima de empregos. Entrevista completa aqui,