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Satarem American vai para Sarandi?

Empresa de Jerome Filer, na foto em 2013 com representantes do Ministério do Petróleo do Iraque no anúncio para construção de refinaria, construiria uma fábrica em Sarandi

A informação foi divulgada ontem à tarde pela Agência Estadual de Notícias sob o título “Paraná deve receber planta de empresa norte-americana de combustível sustentável para aviação”, e citava que “a Satarem America Inc., empresa norte-americana de engenharia industrial especializada em soluções para os setores de cimento, energia e sustentabilidade, apresentou um projeto da companhia de construir uma fábrica de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) em Maringá”.

Hoje, já se espalhou a notícia de que a planta, que representaria um investimento inicial de US$ 425 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões), será em Sarandi, antepenúltima menor cidade do Paraná, em perímetro. A matéria da AEN nem citou Sarandi. Aparentemente, nenhuma das duas administrações foram informadas sobre o investimento. A Sataren American Inc., que à época era apresentada como sendo empresa suíça, em 2016 assinou assinou com o Ministério do Petróleo do Iraque um “memorando de entendimento vinculativo” para construir e operar uma refinaria de US$ 6 bilhões na província de Missan.

Ontem, em Curitiba, Filer com o vice-governador Darci Piana

Uma busca na internet informa que o projeto da refinaria previa 150.000 barris por dia e que a Satarem posteriormente operou sob o nome Missan International Refinery Company. A construção do projeto foi iniciada em 2016, mas o projeto teve problemas e não foi concluído.

A Satarem, em colaboração com parceiros chineses, foi responsável pela construção da refinaria. O governo iraquiano anunciou o contrato com a Satarem em outubro de 2013. O projeto foi financiado pelo China Development Bank e pelo Export-Import Bank of China. No entanto, o projeto encontrou dificuldades e, em janeiro de 2018, o Ministério do Petróleo iraquiano obrigou a Mirc (a Satarem) a comprometer-se a iniciar os trabalhos no prazo de 30 dias, sob pena de rescisão do contrato. O consultor independente e especialista em pesquisa de mercado Ahmed Mousa Jiyad escreveu à época sobre o “escandaloso contrato”.

Uma reunião nesta tarde com representante da empresa com os prefeitos de Maringá e de Sarandi pode esclarecer melhor o investimento, que iria, segundo veicula-se, trazer 800 empregos diretos, outros 2 mil a 3 mil indiretos ao Paraná. Há alguns anunciou-se uma outra empresa suíça que iria se instalar em Maringá: a Avio Interacional Group , de Luigino Fiocco, que iria fabricar helicópteros e aviões.

Foto: Gabinete do Primeiro-Ministro do Iraque/Iraq Oil Report

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