Demora pode ser um problema

Maringá aguarda autorização de ZPE junto ao governo federal para implantação de data center; acima, Aracruz (ES), que tem uma Zona de Processamento de Exportação

O data center em Maringá, repetida em publieditoriais em um ou outro site, ainda é uma aposta sem 100% de certeza para acontecer tão cedo. Na quinta-feira, por exemplo, foi publicado no Diário Oficial da União o decreto 12.501, que alterou o decreto 11.735, de 18 de outubro de 2023, que cria a Zona de Processamento de Exportação de Aracruz (ES). A cidade tem 105.412 habitantes habitantes e é considerada a de melhor qualidade de vida do Espírito Santo.

Em março o Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação havia recomendado a mudança na área da poligonal da ZPE capixaba, com área total de 50,8297 hectares, para produção de fertilizantes de alto desempenho a partir de bioinsumos. Só aí foram dois anos. O data center de Maringá foi prometido para ficar pronto em 2026.

A última reunião em que foram aprovados dois novos projetos sustentáveis aconteceu em 29 de maio e autorizou dois novos projetos industriais sustentáveis para as ZPEs de Parnaíba (PI) e Bataguassu (MS), totalizando R$ 258,6 milhões em investimentos e receita anual estimada em R$ 1,6 bilhão, além da geração de 414 postos de trabalho nas fases de implementação e operação. Atualmente, duas empresas operam na ZPE: uma de madeira ecológica e outra de cera de carnaúba. A ZPE de Paranaíba foi criada em 2010. Para a implantação do anunciado data center, em janeiro, é preciso ter uma ZPE. Maringá aguarda a autorização junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Nos últimos 12 meses, o CZPE aprovou 13 novos projetos industriais em seis ZPEs, que somam R$ 52,9 bilhões em investimentos, R$ 27 bilhões em novas exportações anuais e a criação de mais de 5 mil empregos. A associação de ZPEs informou ontem que a área de inteligência artificial pode ter investimentos bilionários do Brasil.

Foto: Secom/Aracruz