O Brasil não é quintal dos Estados Unidos

Supostos policiais do mundo, os americanos de Trump , por meio de ameaças e intimidação tentam arrancar à força do planeta nada menos que 36,2 trilhões de dólares, de olho em que se encontram com uma dívida pública sem precedentes. A eles, não mais estão interessando os endeusados preços baseados na livre iniciativa e na regularização ditada pelo mercado, mas a lei da força de que porta- voz mundial está se fazendo o incoerente Trump em nome do tarifaço. Foge- lhes das mãos uma liderança mundial e, em nome do desespero, partem para o tudo ou nada em nome da imposição de preços ditados pelo absurdo.

No caso do Brasil, a piada dos 50% obrigatórios aos produtos nacionais de que precisam, devido às “perseguições movidas contra Bolsonaro”, não faz sentido.A bem da verdade, ambos são inimigos da justiça eleitoral, quando os resultados das urnas a eles não são favoráveis.

O Brasil não é quintal dos EUA. Alegar perseguições ao colega Bolsonaro para sentenciar preços abusivos ao negociar produtos brasileiros de que precisam, é um alegação insustentável e vergonhosa.

Se pudesse, o sr Trump estenderia a todos os brasileiros o mesmo tratamento infame determinado por ele contra os nossos irmãos brasileiros de pulsos algemados, deportados que foram em aviões carentes de oxigênio e expostos a toda sorte de humilhações pelo ” crime” de haverem tentado trabalhar nos EUA, geralmente cumprindo atividades humildes que os nativos nem querem desempenhar.

Ora, que o STF agilize o mais rapidamente possível o julgamento de Bolsonaro: fracassado autor da tentativa de golpe contra a democracia e destruidor do patrimônio público. No cárcere, bem que os ingênuos seguidores do capitão aprisionado poderiam sentir algum conforto ao menos por tomarem conhecimento de que alguma pena solidária também recaiu sobre os ombros do capitão insano que a eles determinou a destruição do patrimônio público por eles manipulada no inesquecível fiasco do 8 de janeiro.

Que não tenhamos medo do tarifaço do sr Trump. Que valendo- nos da reciprocidade quanto ao confisco imposto por ele, não duvidemos de que a alegação de solidariedade a Bolsonaro, não passa de inglório pretexto ante a deslavada tentativa de nos incluir como pagantes de uma dívida pública dos EUA, que atualmente absorve 120 % do PIB americano.

(*) Tadeu França
ex- deputado federal constituinte

Foto: Alan Santos/PR