Correu, ganhou, recebeu. Essa é a regra

Promovida pela prefeitura, Prova Tiradentes desrespeita atletas e norma da CBAt: premiação a quem venceu não foi paga

Atletismo e Maringá não estão se combinando. Depois da retirada da gaiola de lançamento de martelo e disco, modalidade olímpica, do gramado do Estádio Regional Willie Davids, continuam as reclamações contra o não pagamento dos vencedores das categorias da Prova Rústica Tiradentes 2025, realizada em 21 de abril; a bronca agora tomou maiores proporções.

Ao não pagar, a Prefeitura de Maringá não respeita a Norma 7 da Confederação Brasileira de Atletismo, que estabelece desde 2020, ao reconhecer e homologar as corridas de rua. Um dos trechos sobre premiação: “Todas as premiações pecuniárias constantes nos regulamentos oficiais das provas devem ser pagas de forma imediata e integral, no dia da prova, logo após a divulgação dos resultados oficiais das mesmas ou o organizador ser comunicado pela CBAt do resultado do
controle de dopagem, não havendo a possibilidade de estipular prazo ou parcelamento”.

Sergio Rocha, que informa sobre o que acontece no mundo da corrida de rua, maratonas etc. em seu canal Corrida no Ar (ao final), colocou depoimento de um dos atletas que correram e não recebeu a premiação em dinheiro e pediu respeito à Prefeitura de Maringá aos atletas. “Se a prova tem premiação em dinheiro, ou paga na hora, ou paga depois de sair o exame antidoping, essa é a regra”, diz.

Rocha, que exibiu o desabafo do atleta de primeiro nível Melquisedeque Messias Ribeiro, o Belki, no Instagram, sugeriu que os atletas acionem a CBAt, que por sua vez acionaria a federação paranaense, saindo em defesa dos que estão sendo enrolados pela Secretaria de Esportes e Lazer. E aí, já sabem, é Maringá de novo como notícia nacional.