Divulgação, pela PF, de diálogos e documentos dos Bolsonaro trouxe para o debate a trama que influenciou o comportamento do governo de Donald Trump
Trechos da coluna de Elio Gaspari, hoje na Folha de S. Paulo:
Agosto começará em setembro, com o julgamento de Jair Bolsonaro e do estado-maior da trama golpista de 2022/23. Correndo por fora, poderá vir o início dos trabalhos da CPI da roubalheira dos aposentados.
A divulgação, pela Polícia Federal, de diálogos e documentos dos Bolsonaro apimentou o caso, trazendo para o debate a trama que influenciou o comportamento do governo de Donald Trump. (…) A tese segundo a qual o Brasil desrespeita os direitos humanos de seus cidadãos, não fica em pé, mesmo para advogados americanos. O deputado Jim McGovern, autor da Lei Magnitsky, usada para sancionar o ministro Alexandre de Moraes, classificou o gesto de “vergonhoso”.
(…) Falando em nome do governo americano (sem mandato para isso), Bolsonaro disse a Silas Malafaia: “Se não começar votando a anistia não tem negociação sobre tarifa.” Referia-se à própria anistia. Seu filho, acampado em Washington, era mais cauteloso, temendo que uma “anistia light”, deixasse o pai de fora e desarticulasse suas armações.
Quem acompanha essa crise tem um palpite. Depois da condenação de Bolsonaro e seu estado-maior golpista, o Congresso poderá aprovar a “anistia light” temida pelo deputado.
Foto: Instagram/@BolsonaroSP)