Médico condenado por lesbofobia fará palestra na Câmara de Maringá, a convite de vereadora bolsonarista e que defendia intervenção militar

A vereadora Giselli Bianchini (PP) conseguiu emplacar para usar a tribuna da sessão ordinária da Câmara Municipal de Maringá, nesta terça-feira, o médico Dorival Ricci Júnior, para falar sobre a “síndrome pós-covid”.

Em 2022 ele tornou-se conhecido por ter sido condenado por declarações homofóbicas contra uam cuidadora de idosos. À época em Paraíso do Norte naquele ano foi condenado a 1 ano, 3 meses e 22 dias de reclusão e multa de R$ 13.332,00, além de R$ 30 mil por danos morais. A sentença foi mantida pelo Tribunal de Justiça, em 2023, e no último dia 26 o ministro Sebastião Reis Junior, em decisão monocrática, reconsiderou parecer de abril, e determinou ao Tribunal de Justiça que aceitasse os embargos de declaração no processo.

Ricci Júnior, que também foi notícia no portal Metrópoles por ter se encontrado com o então presidente Jair Bolsonaro e a ministra Damares Alves, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por lesbofobia, após ele impedir a permanência de uma mulher lésbica, cuidadora de idosos, em um hospital privado. A vítima, contratada por um homem que estava internado na instituição, foi impedida de trabalhar por conta da orientação sexual dela.

Ele também foi acusado de injúria racial por um motorista de ambulância, também em Paraíso do Norte, a quem teria chamado de “nego vagabundo” e que não queria mais “aquela raça” no hospital que era sócio-administrador.