Moro diz que quer construir futuro junto com o PP, aquele da Lava-Jato

Depois da nota de Barros dizendo que não há nada certo sobre candidatura ao governo, Moro fala em diálogo com o PP; temor de acordo não ser cumprido paira no ar

O senador Sergio Moro, novo comandante do União Brasil no Paraná, até agora fez cara de egípcia à nota divulgada ontem pela executiva do PP, presidida pela deputada estadual Maria Victoria Borghetti Barros, recém-chegada de viagem ao Pantanal. Na nota de ontem ela foi clara: não há consenso em torno da presidência da federação União-PP, e que isso “reflete na impossibilidade do registro de candidatura ao Governo do Estado, na Justiça Eleitoral”.

“Vamos construir juntos o futuro, dialogando com o Progressistas dentro da nossa grande federação União Progressista”, preferiu postar o ex-juiz federal, que agora alia-se ao partido como maior número de indiciados pela Lava-Jato que ele tocou com Deltan Dallagnol, também hoje político: 18. Senador e deputado, lembre-se, são nascidos em Maringá.

Apertando a tecla SAP, o que está por trás disso: Ricardo Barros (PP) ajudou Moro a assumir o lugar de Francischini; em troca, teria a concordância de Moro para presidir a federação UB. Isso provocou reações de quem estava na executiva do União Brasil, onde a maioria é aliada do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). Sobrou até para o deputado estadual Paulo Rogério do Carmo, que foi alvo do senador em redes sociais, e ocupa cargo de tesoureiro adjunto da atual executiva. O tesoureiro é Roger Ebersol da Silva.

No entanto, o blog levantou que o entorno de Sergio Moro começou a influenciá-lo para que assumisse a presidência da federação UB. Barros, com a nota divulgada ontem antecipa-se e manda um recado ao senador: cumpra-se o acordo firmado entre o ex-juiz federal e o partido político que mais teve gente envolvida na Lava-Jato ou haverá turbulência nas relações.

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