Nos bolsões do crime

Operação Tank, da PF, foi uma das três contra fraudes em combustíveis e lavagem de dinheiro; empresário de Curitiba manteria duas contas em SP que movimentaram R$ 164 milhões
De Caio Crisóstomo, no site O Bastidor:
Documentos obtidos pelo Bastidor sobre a operação Tank, da Polícia Federal, mostram como funcionava o esquema de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis no Paraná. A investigação aponta que a movimentação financeira irregular acontecia por intermédio da Tycoon, também conhecida como Zeit Bank, uma fintech suspeita de ter sido utilizada para lavagem de dinheiro que beneficiou o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Tycoon movimentava dinheiro de duas formas: com o uso de maquininhas de cartão de crédito e com o recolhimento de dinheiro vivo com carros-forte. Os valores, então, eram depositados em contas-bolsão da Tycoon em grandes instituições financeiras para depois serem dispersados a beneficiários do esquema.
Uma das frentes analisadas pelo Ministério Público do Paraná trata do uso irregular da Tycoon como credenciadora de crédito. A fintech oferecia maquininhas de cartão de crédito para diversos estabelecimentos comerciais. Foram movimentados mais de 1 bilhão de reais pelas maquininhas, cujos valores eram centralizados em contas-bolsão da Tycoon nos bancos Itaú e Banrisul. (…) Na Caixa Econômica Federal, em Guarulhos (SP), a Tycoon mantinha duas contas que receberam movimentações superiores a 164 milhões de reais em depósitos sem identificação. A Caixa informou à PF que todos os depósitos acima de 50 mil reais foram feitos por Rafael Belon [sócio-administrador da F2 Holding Investimentos, de Curitiba], dono da Tycoon. Leia mais.
Foto: Divulgação/PF
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