Partido pode perder os dois vereadores eleitos em Maringá por fraude à cota de gênero

O Tribunal Regional Eleitoral marcou para o dia 24, quarta-feira da semana que vem, o julgamento do processo contra o PSD de Maringá, por fraude à cota de gênero. O relator é o desembargador eleitoral Osvaldo Canela Junior e o resultado pode alterar significativamente a composição da Câmara Municipal, pois os votos dados aos candidatos a vereador do PSD somem e será preciso um novo cociente.

A ação de investigação judicial eleitoral, movida por Dioney Fabio Barroca, Cristiano Niero Astrath, Rede Sustentabilidade e federação PSol-Rede de Maringá, é contra Anderson Carrard, Mario Mituo dos Santos Dias, Isabela Piassa Cantieri, Elizabeth Akemi Ueta Nishimori e Janderson Flavio Mantovani, além de Paulo Gustavo de Lima Ribas.

O PSD é acusado de, na hora da montagem da chapa proporcional, ter colocado Isabela Cantieri, que estava na Itália quando registrou sua candidatura, em tese para completar os 30% de candidaturas femininas exigidas por lei, sem fazer campanha, o que contraria a lei.

Em primeira instância a Aije foi rejeitada, mas na Procuradoria Geral Eleitoral emitiu em julho parecer considerado demolidor pela reforma da sentença (leia aqui). Se os desembargadores do TRE-PR aceitarem o pedido da PGE para reformar a sentença, o PSD perde os dois vereadores eleitos em outubro do ano passado; a alteração no Legislativo provocaria ainda a saída de outros dois vereadores.

Seria a segunda mudança na composição do Legislativo, uma vez que o TRE-PR também cassou por unanimidade o diploma do vereador Odair Fogueteiro (PP), que ainda recorre da decisão na Justiça Eleitoral.

Foto: Divulgação/TRE-PR