Casa da filha do secretário licenciado da Fazenda de Maringá também foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal, em São Paulo
Reportagem da Rede Massa levada ao ar na segunda-feira com o secretário licenciado da Fazenda de Maringá, Carlos Augusto Ferreira, trouxe uma informação que muitos da área policial não sabiam. Ele falou à repórter Mariana Tonet Herman, no programa apresentado por Bruno Peruka.
A informação, que não constava no release divulgado na sexta-feira passada pela Polícia Federal do Paraná, é de que a Operação Mafiusi cumpriu mandado de busca e apreensão também na casa de sua filha, em São Paulo. A se confirmar o que defende Ferreira – que recentemente teria adquirido um hospital em Maringá -, a PF pode ter errado duas vezes, ao confundi-lo com um dos sócios do Pinbank, Carlos de La Cruz Hyppolito. Ferreira alega que o número do telefone nas mensagens trocadas com operador do esquema de lavagem de dinheiro não era dele.
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O secretário licenciado contou que “os policiais chegaram aqui bem cedo, na minha residência, ao mesmo tempo na casa da minha filha em São Paulo, se apresentaram com o mandado de busca e imediatamente eu disse que iria contribuir com as autoridades, mesmo sem saber do que se tratava. (…) É, aqui [apreenderam] três veículos, em São Paulo um, mais um computador, mais um celular, mais um pen drive”. O fato de a casa da filha dele, num condomínio em São Paulo, era desconhecido até então de quem cobre a área policial.
“Bom, eu descobri que se tratava de transações, em conversas que foram identificadas que envolvem um Pinbank, que é uma Fintech em São Paulo, da qual eu não tenho nenhum vínculo. Fiquei por 18 dias para participar de um processo para ser o presidente, mas eu nunca tive nenhum ato de gestão na empresa. É, identifiquei que tinha o meu nome, minha foto em conversas com pessoas que eu desconheço. E também identifiquei que o número de telefone utilizado nessas conversas pertence a um sócio do Pinbank que se chama Carlos, também assim como eu”, afirmou o secretário, que reafirmou que o telefone não era seu, ” inclusive tem conversas de 2022 e as atuais, e o número de telefone é o mesmo, pertencem a essa pessoa. É um telefone dos Estados Unidos, é alguém que mora em Miami”.
“E também teria então essa transação de 1 milhão de reais que estaria vinculada a esta pessoa?”, perguntou a repórter. “Sim, foram conversas e duas transações que naquilo que eu pude ver no inquérito, uma de 1 milhão e outra de cerca de 40 mil reais, que foram feitas pela Pinbank, através desta pessoa. Né? Então as transações foram feitas. Inclusive o banco, pelo que eu tenho informações, já comunicou o Ministério Público e entregou todas as provas em São Paulo”, acrescentou. Carlos Augusto Ferreira disse imaginar que se trata de um erro técnico, que o inquérito tem quase 9 ml páginas e que é possível que tenha havido uma confusão de nome.
“Fato é que eu não sou essa pessoa, eu nunca tive mando ou dirigi esse banco, e desconheço as pessoas envolvidas no inquérito. Então, é, para mim tá bastante óbvio que eu não tenho absolutamente nada a ver com isso e agora nós vamos dar sequência às, às tratativas jurídicas para efetivar isso junto à Justiça”, afirmou.
Foto: Reprodução/Rede Massa