Família é investigada por sonegação fiscal na ordem de R$ 779 milhões em MS

Policiais da Deccor de Maringá participaram do cumprimento de mandados

Policiais civis de Nioaque (MS) e da Divisão Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), de Maringá, participam hoje da Operação DNA Fiscal, segundo o site Campo Grande News. A ação visa desarticular organização criminosa ligada ao setor de frigorífico, suspeita de causar prejuízo de mais de R$ 779 milhões aos cofres públicos. Os alvos são todos da mesma família. 

Os crimes envolvem sonegação de impostos, lavagem de dinheiro, além de blindagem patrimonial, que se torna ilegal quando é usada com o objetivo de fraudar credores, esconder bens ou burlar obrigações legais e pagamento de impostos . 

A ação contou com apoio técnico da Procuradoria-Geral do Estado e da Secretaria de Estado de Fazenda. Nesta manhã foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra pessoas e empresas ligadas ao grupo investigado, com autorização judicial.

A quadrilha declarava o ICMS, mas não efetuava o pagamento dos tributos. Quando as dívidas se acumulavam e as empresas eram alvo de sanções, os envolvidos abriam novas pessoas jurídicas, mantendo as mesmas atividades, funcionários e fornecedores, a fim de perpetuar o esquema sob novos nomes (leia mais.

Segundo o site Investiga MS, as investigações, o grupo possui três blocos de atuação: Núcleo Gerencial – formado pelos reais administradores, que comandavam as operações empresariais de fato, sem figurar nos quadros societários; Núcleo de Interpostos (ou “laranjas”) – composto por indivíduos de baixa capacidade econômica, inseridos formalmente como sócios ou administradores das empresas, com o objetivo de ocultar os verdadeiros beneficiários; Núcleo Financeiro – responsável pela movimentação de valores em espécie e ocultação patrimonial, inclusive por meio de pessoas físicas e jurídicas de fachada, dificultando o rastreamento dos recursos.

    Foto: Polícia Civil/MS