De Fiat 147 a caminhões: União “mira” há décadas frota de família investigada

Há 3 décadas, União tenta recuperar milhões em impostos sonegados com a penhora de veículo
A informação é de Anahi Zurutuz, no site Campo Grande News.
A Operação DNA Fiscal investiga a “Família Maia”, liderada pelo empresário Reginaldo da Silva Maia, dono do frigorífico Beef Nobre, por sonegação fiscal que causou prejuízo de R$ 779 milhões aos cofres públicos em nove anos. O grupo é acusado de driblar o fisco há três décadas, tendo centenas de veículos bloqueados ou confiscados ao longo dos anos. A informação é de Anahi Zurutuz, no site Campo Grande News.
A primeira ação contra o empresário que tramitou no Judiciário sul-mato-grossense cobra R$ 10,4 milhões em tributos devidos ao tesouro nacional entre 1991 e 1997. No processo, em trâmite desde março de 97, a Fazenda Nacional pedia a penhora de 27 automóveis. Na lista variada, estão um caminhão Mercedes Benz L1113, ano 72, um Fiat 147 ano 85 e até carros mais luxuosos para a época, como um Chevrolet Caravan 1977 e um Ford Del Rey 1987. Não deu em nada, e houve prescrição.
Em 2014, a Justiça Federal determinou o perdimento de 121 veículos pertencentes ao empresário, que voltou a ser alvo da polícia, pessoas e empresas ligadas a ele. Reginaldo foi condenado pela 5ª Vara Federal de Maringá por lavagem de dinheiro em processo que apurou sonegação de R$ 101 milhões. O empresário também recebeu pena de prisão de 5 anos, 4 meses e 15 dias, e parte das empresas que estavam sob comando da família teve as atividades encerradas.
A condenação foi mantida pelo desembargador Nino Toldo, relator na 11ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em fevereiro do ano passado, mas ainda há recursos na Justiça. Em agosto deste ano, tentativa da família de recuperar parte dos veículos foi frustrada. Leia mais.