Gaeco de Maringá deflagra a Operação Parlatório e cumpre mandados de busca e prisão em investigação sobre possível envolvimento de advogada em organização criminosa; ela forneceria celulares a presos, cobrando R$ 5 mil por aparelho
O Núcleo de Maringá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público cumpriu, nesta manhã um mandado de prisão temporária, sete mandados de busca e apreensão e sete mandados de busca pessoal, no âmbito da Operação Parlatório. As investigações apuram a prática dos crimes de integração em organização criminosa, ingresso ilegal de aparelhos telefônicos em estabelecimentos prisionais e lavagem de capitais, envolvendo uma advogada, que seria de Sarandi.
Expedidas pelo Juízo das Garantias da 3ª Vara Criminal de Maringá, as ordens judiciais foram cumpridas em Maringá, Sarandi, Paiçandu e Paranavaí, em endereços relacionados aos investigados, com o apoio e a atuação conjunta, desde o início das investigações, da Polícia Penal e da direção da Penitenciária Estadual de Maringá. Durante o cumprimento das medidas judiciais, acompanhado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, a profissional investigada foi presa temporariamente.
Esquema – As investigações tiveram início em setembro de 2025, após o Gaeco de Maringá receber informações sobre a atuação de uma advogada que se valia de suas prerrogativas profissionais para a entrega reiterada de aparelhos celulares em estabelecimentos prisionais, ao custo de R$ 5 mil por aparelho.
Com o avanço das apurações, foram obtidas evidências de que os eletrônicos clandestinos entregues se destinavam a instrumentalizar integrantes de uma organização criminosa nacionalmente conhecida, permitindo que seus membros, do interior da unidade prisional, mantivessem contato com o mundo externo, continuassem os vínculos com demais faccionados em liberdade e planejassem novos crimes.
Referência – O nome da operação faz alusão aos espaços reservados em unidades prisionais destinados à comunicação com os detentos, locais onde ocorreriam os repasses dos aparelhos de comunicação aos criminosos presos. O nome da advogada não foi divulgado pelo MPPR. (C/ Assessoria/Atualizado)
Fotos: MN/Divulgação/MPPR
