Santo do pau oco

Dois vereadores já se beneficiam do salário do novo cargo criado em julho; uma vereadora, sem rodeio, votou contra mas nomeou o quinto assessor

O vereador Professor Pacífico (Novo) copiou a colega Ana Lúcia Rodrigues (PDT) e nomeou uma assessora parlamentar R$ (7.365,83) no lugar de uma assessora de gabinete (R$ 9.748,85). O cargo comissionado foi um dos 25 criados em julho, sendo uma vaga para cada um dos 23 gabinetes, que passaram de 4 para 5 assessores. À época, a então vereadora Cris Lauer (Novo) votou contra.

A vereadora do PDT, que fez coro aos demais que votaram contra a criação de cargos por questões de economia e moralidade, manteve os quatro cargos de seu gabinete, mas usou o de assessor parlamentar (o que foi criado na polêmica Lei Majô) para nomear Vinícius Emanuel Felice de Oliveira Franca, que cuida de suas redes sociais. O salário do cargo vago com a saída de uma ex-assessora de gabinete de Ana Lúcia era de R$ 7,3 mil – e o gabinete passou a ter um novo assessor, com vencimentos de R$ 9,7 mil.

No final de novembro o Professor Pacífico, que em setembro assumiu a vaga de Lauer, exonerou Dione Aparecida de Farias, que era CCL5 (assessora de gabinete) e nomeou-a como assessora parlamentar, símbolo CCL4.

Giselli Bianchini (PP) foi menos pudica ao voltar atrás no discurso de economia ao erário: nomeou o quinto assessor na cara dura, sem rodeios e artimanhas, sem se importar com quem acreditou no seu voto.

Dos votos contrários à criação dos cargos comissionados, ao que se sabe, somente cinco vereadores ainda se mantém fieis ao prometido: Angelo Salgueiro (PSD), Flavio Mantovani (PSD), Mario Hossokawa (PP), Daniel Malvezzi (Novo) e Mario Verri (PT).

Errata – Esta notícia foi repostada, depois de informar equivocadamente o nome do vereador Malvezzi, a quem o blog pede desculpas pelo erro, uma vez que Dione nunca foi sua assessora. O gabinete de Malvezzi permanece com os quatro assessores orginais.

Fotos: CMM